“Quais os critérios de cruzamentos ideais para obter o melhor desempenho na minha região (clima quente e úmido)”, perguntou o telespectador Fabrício Ribeiro, de Itaituba-PA.
No Giro do Boi Responde que foi ao ar nesta segunda, dia 12, a elucidação veio do zootecnista Alexandre Zadra, que é especialista em cruzamento industrial, supervisor regional comercial da Genex para os estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia e ainda autor do blog Crossbreeding.
“O animal tem que ser adaptado à sua região, ou seja, ele tem que ser, no máximo, meio-sangue de raças do frio, ou seja, no máximo meio-sangue europeu quando falamos em matrizes. E se você for fazer um cruzamento terminal, pode ter um pouquinho mais de sangue europeu, mas aí logo depois da desmama você tem que caprichar na recria. Basicamente a gente leva em consideração isso”, simplificou o profissional.
O especialista reforçou a importância do grau de sangue das matrizes do plantel em uma fazenda no Pará. “As fêmeas que vão criar na sua fazenda podem ser, no máximo, meio-sangue europeias. Nesse caso, se você tiver matrizes zebuínas, você pode usar uma raça europeia e ela vai muito bem. As raças maternas que você pode usar são o Angus, o Hereford, o Simental, mesmo o Pardo-Suíço de corte, que são raças muito boas para fazer uma fêmea criadeira aí para Itaituba, no Pará. A gente sabe do calor que faz aí, então você vai fazer um gado adaptado, uma fêmea muito boa para fazer um tricross sobre ela”, projetou.
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O zootecnista indicou inclusive raças para fazer o tricross sobre essas novilhas F1 Zebu x Europeu. “Se você for usar essa meio-sangue, você pode usar um bimestiço sobre ela, como Canchim, Brangus, Braford, Santa Gertrudis ou mesmos os africanos, os adaptados, como Bonsmara, Caracu e Senepol”, sugeriu.
“Você tem que ter sempre animal de pelo curto como matriz. E se você tiver um pouquinho mais de europeu depois no seu gado, ele tem que receber comida suficiente, suplementação a pasto logo depois da desmama para poder expressar o potencial dele”, alertou.
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A resposta completa de Alexandre Zadra para o telespectador paraense está disponível no vídeo abaixo:
Foto ilustrativa: Reprodução / Codec-PA