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Vermes gastrintestinais: saiba por que eles podem estar engordando mais do que o boi!

Confira as recomendações sobre controle parasitário na entrevista com o médico veterinário Roulber Carvalho, gerente técnico e de marketing da Boehringer Ingelheim

Os vermes gastrintestinais representam os maiores causadores de prejuízos no controle parasitário do rebanho. É possível que o pecuarista esteja até engordando mais eles do que o próprio boi. Assista ao vídeo abaixo e saiba detalhadamente o porquê disso.

O Giro do Boi desta quarta-feira, 29, recebeu o médico veterinário Roulber Carvalho, gerente técnico e de marketing da Boehringer Ingelheim. Ele destacou a atenção que deve ser dada ao controle dos vermes gastrintestinais no gado.

“De 2% a 10% dos vermes são os que apresentam sintomas no rebanho. Os 90% ou até 98% restantes o pecuarista pode nem perceber”, alerta Carvalho.

Os vermes podem se manifestar nas formas clínica e subclínica. Os parasitos na forma clínica são os que manifestam sintomas do gado. Já os vermes da forma subclínica não dão sinais, e, por isso, podem estar engordando mais do que o boi.

O prejuízo é monumental. Um estudo estimou que os vermes (também chamados de nematódeos) gastrintestinais levam um prejuízo anual de US$ 7,11 bilhões à pecuária brasileira.

Impacto na produção pecuária

Bovinos em área de pastagem. Foto: Reprodução
Bovinos em área de pastagem. Foto: Reprodução

Até 98% dos casos de parasitas são decorrentes de verminoses subclínicas. Elas podem impactar o ganho de peso dos animais de 30 a 60 quilos por ano.

Eles podem provocar também o retardamento da puberdade de novilhas, menor número de crias, redução da produção de leite e aumento da idade de abate, prejudicando a qualidade das carcaças.

Além disso, as verminoses gastrintestinais subclínicas podem prejudicar os índices produtivos dos bovinos.

“Quando se fala da verminose subclínica, que pode levar a uma situação de um anorexia voluntária que é perda de apetite no animal”, diz Carvalho.

Isso pode levar a até 20% de redução no tempo de pastoreio, 17% de ingestão de forragem e 19% de ganho de peso vivo, afetando consideravelmente a produtividade do rebanho.

Controle de vermes gastrintestinais

Vaca com bezerro ao lado em área de pasto. Foto: Reprodução
Vaca com bezerro ao lado em área de pasto. Foto: Reprodução

O caminho para o controle dos vermes gastrintestinais deve começar com um bom diagnóstico no rebanho, especialmente nas fêmeas, e na bezerrada.

“Os bezerros são a categoria mais suscetível, no entanto, são as fêmeas que são as mais responsáveis pelo ciclo dos vermes na área de pasto”, diz Carvalho.

No caso dos bezerros, o recomendado é a aplicação de um vermífugo logo ao nascimento, mas que serve basicamente para a proteção contra a bicheira umbilical.

A vermifugação mesmo deve ser feita quando o bezerro chega aos quatro meses de idade, quando passa a comer o capim, e na desmama.

Em todos os casos, os produtores precisam se assegurar sobre como está o nível de infestação das verminoses no gado. Confira a entrevista na íntegra para saber como deve ser estabelecido o melhor controle na fazenda.