Unidade do Hospital de Amor em Palmas-TO começa a funcionar em janeiro

Entidade anunciou ainda construção de hospital em Lagarto, no Sergipe; unidades deverão receber pacientes do Centro-Oeste, Norte e Nordeste

Em entrevista ao Giro do Boi desta terça-feira, 27, o diretor voluntário do Hospital de Amor Rubikinho Carvalho, coordenador da campanha O Agro Contra o Câncer, anunciou duas boas novas vindas da entidade.

“O nosso hospital de Palmas (capital do Tocantins) começa a funcionar em janeiro. Vai atender o Pará, o Maranhão, o Piauí, aquele oeste da Bahia, na região de Luís Eduardo Magalhães e aquela parte do Mato Grosso ali de Confresa, de Vila Rica. Será muito mais perto de Palmas do que vir para Barretos (SP). Então ele começa a funcionar agora em janeiro. E mais uma notícia boa também. Terminando Palmas, nós já demos início a uma obra de mais um hospital em Lagarto, no Sergipe, na terra da vaquejada. É a terra do pai do Henrique Prata. Já está sendo construída uma unidade para atender o Nordeste. Tudo com dinheiro doado, através de doações ou emendas. Esse será um outro local que vai atender muita gente porque o Nordeste é muito carente de tratamento de câncer”, revelou Carvalho.

Rubikinho reforçou o pedido, entretanto, para que as doações se intensifiquem, já que foram prejudicadas neste ano de pandemia por conta do cancelamento de diversos eventos de uma das principais fontes de renda da entidade, os leilões presenciais.

“Normalmente até o ano passado as pessoas pagavam entre 15 e 20 a 25% a mais em um lote. Agora não precisam. Eles podem comprar até pelo valor normal que já está saindo por 70% a 80% a mais do que saía no ano passado. Se nós não tivéssemos o problema da pandemia, com o preço dos produtos do jeito que estão, esse ano seria um ano tranquilo para nós passarmos”, ponderou.

Rubikinho reforçou que o ano foi positivo para o agro de um modo geral. “Nós temos que agradecer a Deus porque numa pandemia desta, além de não ter crise nenhuma no agronegócio, os preços dos produtos de setor tiveram um aumento significativo. Soja, milho, boi, leite”, salientou. “Eu até queria pedir aos pecuaristas que, voluntariamente, fizessem um reajuste para o hospital. Ao invés de doar R$ 1,00 por boi abatido, que doem R$ 2,00 ou R$ 3,00 porque nós estamos realmente precisando. Nós deixamos de fazer muitos leilões, que eram a principal arrecadação que nós tínhamos. E os leilões virtuais não dão o mesmo dinheiro porque o leilão tem a parte cultural dele, ele vira a festa da cidade, aquelas cidades menores do interior, o leilão é a festa do ano”, justificou.

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Rubikinho reconheceu que, em meio a este período de dificuldade, a “família de doadores” do Hospital de Amor ganhou alguns membros. “Pessoas que não haviam entrado ainda na nossa família de doadores perceberam, tiveram a sensibilidade de ver que nós estávamos em uma situação difícil e nos ajudaram, então compensou de certa forma”, comentou.

“Tivemos vários parlamentares que foram muito companheiros nessa hora. Políticos, deputados, senadores. Eles têm uma emenda da saúde e um número grande deles destinou parte desta emenda para o Hospital de Amor, principalmente aqueles que têm muitos pacientes da sua base eleitoral. Eles foram muito parceiros” opinou.
As doações serviram para reforçar o cuidado com pacientes já enfraquecidos pelo câncer e mais suscetíveis a complicações com covid-19. “Nós temos tido muitos problemas porque nós recebemos pessoas do Brasil inteiro, então nós temos tido bastante problemas de covid-19 nos pacientes de câncer. Nós tivemos que montar uma mega estrutura em Barretos. É uma cidade de 120 mil habitantes e é a que está mais aparelhada para receber pacientes com covid-19. Nós temos mais de 150 leitos de UTI”, destacou.

Entre as formas de doação ao Hospital de Amor, Rubikinho citou os leilões parceiros, a doação de R$ 1,00 por cabeça abatida na campanha O Agro Contra o Câncer, destinação de parte do imposto de renda, a doação livre pelo QR Code do PicPay (disponível em boa parte da grade de programação do Canal Rural) e ainda a conversão do imposto da Nota Fiscal Paulista.

“O que você tem que fazer é se cadastrar, é muito simples, por um aplicativo no telefone. Aí você pega aquela nota fiscal, cadastra e aquele crédito de imposto, o governo credita para o hospital. O que você pagaria do imposto vai para o hospital. Você se cadastrando consegue transferir aquele imposto que seria para o governo para o hospital”, explicou.

Veja no link abaixo como doar o imposto da Nota Fiscal Paulista ao Hospital de Amor:

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Confira a entrevista completa com Rubikinho Carvalho:

Foto: Reprodução / Facebook