CRUZAMENTO INDUSTRIAL

Touro Santa Gertrudis, Brangus ou Caracu: qual produz  melhores bezerros em fêmeas F1?

Confira as dicas do zootecnista Alexandre Zadra, especialista em genética e cruzamento industrial de bovinos, e autor do blog “Crossbreeding”

Touro Santa Gertrudis, Brangus ou Caracu: qual produz  melhores bezerros em fêmeas F1?
Touro Santa Gertrudis, Brangus ou Caracu: qual produz  melhores bezerros em fêmeas F1?

Victor, da Fazenda Capão das Canoas em Lagoa Formosa, Minas Gerais, enfrenta uma decisão crucial para o futuro de sua produção pecuária: escolher a raça ideal para o cruzamento de suas matrizes Aberdeen Angus e Black Simental. Em busca de aconselhamento, Victor recebeu conselhos de Alexandre Zadra, especialista renomado em genética e cruzamento industrial de bovinos, que ofereceu dicas valiosas no quadro “Giro do Boi Responde”. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Zadra começou por entender o mercado-alvo de Victor. Com base na preferência do mercado por animais pretos ou vermelhos, Zadra sugeriu considerar raças como Santa Gertrudis e Brangus que produzem predominantemente esses tons.

Santa Gertrudis, sendo bimestiço, tende a produzir cerca de 80% de animais pretos quando cruzado com as matrizes tricross mentais de Victor, enquanto o Brangus garantiria 100% de animais pretos, alinhando-se perfeitamente ao perfil mercadológico desejado.

Considerações sobre o clima e adaptação no cruzamentos industrial

Detalhe de touro Brangus da fazenda Tradição, localizada em Campo Novo do Parecis (MT). Foto: Divulgação
Detalhe de touro Brangus da fazenda Tradição, localizada em Campo Novo do Parecis (MT). Foto: Divulgação

Um ponto crucial na escolha do cruzamento é a consideração das condições climáticas locais.

Zadra apontou que tanto Santa Gertrudis quanto Brangus são animais de alto metabolismo, aptos a se adaptar ao inverno de Lagoa Formosa, gerando pelo no inverno e perdendo no verão para manter a termorregulação eficiente.

A escolha do Caracu: adaptação e eficiência térmica

Touro da raça Caracu. Foto: Divulgação
Touro da raça Caracu. Foto: Divulgação

Para uma opção voltada para máxima adaptação ao calor, Zadra destacou o Caracu, uma raça taurina pura adaptada ao clima brasileiro, conhecida por sua pelagem rala que proporciona maior conforto térmico e apetite mantido mesmo sob altas temperaturas.

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Cruzar Caracu com as matrizes tricross mentais de Victor resultaria em bezerros com virtualmente nenhum pelo, tolerantes ao calor, ideal para áreas de clima mais quente.

Vantagens do Caracu Mocho

Optar pelo Caracu mocho adiciona o benefício de produzir animais mochos (sem chifres), reduzindo o risco de lesões no rebanho e facilitando o manejo.

Essa característica é particularmente vantajosa para a produção de bezerros pesados, otimizando ainda mais o retorno econômico do investimento em genética.

Benefícios de cada raça de bovinos de corte

Após detalhar as características e benefícios de cada raça, Zadra encorajou Victor a considerar seus objetivos de produção, as condições ambientais e as demandas do mercado ao fazer sua escolha final.

Ele reforçou que a decisão adequada em cruzamento industrial não apenas amplifica a eficiência produtiva, mas também garante a sustentabilidade e bem-estar animal.

Fornecendo uma consultoria abrangente e direcionada, Alexandre Zadra ajudou a iluminar o caminho para uma tomada de decisão informada e estratégica na Fazenda Capão das Canoas.

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