O GADO DOS FARAÓS

Watusi, o boi com a maior circunferência de chifres do mundo

Conheça a raça bovina que vivia entre os egípcios e tinha chifres sagrados

Um boi da raça Watusi, entrou para o Guinness pela grossura do seus chifres.  Saiba mais detalhes no quadro Raças e suas Curiosidades.

Chifres de grandes recordes

Este bovino curioso e antigo, teve a maior circunferência de um chifre já registrada no mundo e entrou para o ‘Guinness Book’, livro dos recordes, chegando a medir 95,25 cm.

Lembrando que os maiores chifres não são do Watusi, e sim do Texas Longhorn, também já mostrado pelo quadro Raças e suas Curiosidades.

Os exóticos chifres também são sagrados e podem chegar a 2 metros e 40 cm de ponta a ponta, e se tornam instrumentos de defesa e refrigeração do animal.

História do Watusi

História do Watusi
Hieróglifos egípcios. Foto: Divulgação site Antigo Egito

Esta raça se destaca pelos seus chifres fora dos parâmetros e pela idade, ele esteve presente a 4 mil anos a.C e ajudou os egípcios no Vale do Rio Nilo.

É possível encontrar hieróglifos egípcios cravados em grandes pirâmides desses animais bos taurus. 

O Watusi, durante dois mil anos, passou a ser migrado junto à população para a Etiópia e depois para o sul da África. 

Não se tem registros oficiais da origem do Watusi, mas o gado provavelmente foi cruzamento de zebuíno indiano de chifres longos com animais de grandes chifres do antigo Egito.

Curiosidades da raça Watusi

Algumas das curiosidades sobre a raça sagrada, é que em terras de Uganda e Ruanda, eram propriedades dos reis.

Assim sendo, a riqueza do proprietário era contada pela quantidade de animais Watusi vivos que ele possuía. 

No entanto, os povos do leste africano nunca abatiam o gado, muito menos comiam sua carne. 

Eles se contentam apenas em misturar o leite, que contém alto teor de gordura produzido pelas vacas com sangue retirado da jugular do animal.

Por ser um animal considerado sagrado, alguns exemplares mais belos da raça, como os Inyambos (pronúncia Inhambus), tem suas fezes depois de secas usadas como combustível e a sua urina usada em toalete. Diferente não é?

A chegada do Watusi na América

A aparência rústica e diferente do animal, fez com que ele fosse exportado no fim do século XIX, para países europeus como atração turística em zoológicos.

No entanto, o animal só chegou na América e em parques temáticos como ‘Animal Kingdom’, na Flórida, a partir do ano de 1920.

Com o tempo o interesse pela raça passou a surgir e pecuaristas deram início a sua criação particular para o comércio. 

Características da raça Watusi

Características da raça Watusi
Foto: Divulgação internet

O gado Watusi apresenta diferentes colorações, mas geralmente é encontrado na coloração vermelha. 

Eles possuem porte médio, as fêmeas chegam a pesar em torno de 230 e 250 Kg, os machos entre 540 e 730 Kg e os bezerros recém-nascidos pesam apenas 14 a 23 kg.

A pesagem baixa do bezerro é uma virtude, pois as vacas não têm complicações no parto, e esta característica faz com que os touros Watusi sejam úteis para a criação de primeira cria em novilhas de outras raças.

Instinto de proteção

O instinto de proteção é algo comum entre os animais da raça. Os bovinos adultos, durante a noite, dormem em círculo ao redor dos bezerros.

Assim, conseguem proteger e manter o rebanho seguro. Já durante o dia, os bezerros dormem juntos as vacas, que são suas protetoras diurnas.

Esse gado se comporta assim devido à ameaça dos predadores como leões e leopardos da savana africana.  

 

Links externos

https://www.historiadomundo.com.br/

https://antigoegito.org/transliteracao-dos-hieroglifos/