
As chuvas que se espalharam pelo país ao longo de março e abril devem se prolongar até a primeira quinzena de maio, adiando o início da estiagem em diversas regiões produtoras. A informação foi destacada pelo meteorologista Arthur Müller, em entrevista ao Giro do Boi desta quarta-feira, 5 de março. Assista ao vídeo abaixo e confira a previsão do tempo completa.
A expectativa é que a transição para o período seco ocorra mais tarde do que o habitual, impactando pastagens, planejamento forrageiro e lavouras de pecuaristas e agricultores.
Além disso, o outono e o inverno devem registrar temperaturas acima da média, elevando o risco de pragas e doenças na produção agropecuária.
🔹 Estiagem tardia: quando começa o período seco?
📍 Chuvas intensas seguem até a primeira quinzena de maio, principalmente no Centro-Oeste e Sudeste.
📍 Regiões do Norte e Nordeste continuam com bom volume de precipitação até abril, mas podem enfrentar seca no segundo semestre.
📍 O outono será mais quente que o normal, favorecendo o crescimento de pragas e impactando o desempenho dos rebanhos.
De acordo com Müller, a influência climática se deve ao possível retorno do fenômeno El Niño no final do ano, que pode intensificar a seca no Norte e aumentar as chuvas no Sul.
Para os pecuaristas, o atraso da estiagem pode ser positivo no curto prazo, garantindo boas pastagens, mas exige planejamento para enfrentar a transição abrupta para o período seco.
🌧️ Volume de chuvas ainda será expressivo nos próximos dias
As precipitações devem se manter acima da média em algumas regiões até o início de maio. Os maiores acumulados devem ser registrados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará e Rondônia, onde os índices podem ultrapassar 300 mm no mês.
No Sudeste, estados como São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo também devem ter chuvas acima do esperado para o período, o que pode beneficiar as pastagens e a safra do milho segunda safra.
Já no Nordeste, a tendência é de um abril úmido, especialmente no Ceará, Piauí e interior da Bahia, mas a chegada do período seco pode reduzir drasticamente os volumes de chuva no segundo semestre.
🌡️ Outono e inverno com temperaturas elevadas: impactos no campo
Além do prolongamento das chuvas, o outono e o inverno de 2025 devem registrar temperaturas acima da média. Segundo Müller, isso pode:
✔️ Aumentar a pressão de pragas e doenças nas lavouras e pastagens, exigindo um manejo mais rigoroso.
✔️ Gerar ondas de calor intercaladas com incursões de massas de ar frio, impactando a saúde dos rebanhos.
✔️ Reduzir a eficiência alimentar dos bovinos, devido ao estresse térmico.
Apesar da previsão de um outono quente, não se descarta a chegada de frentes frias intensas, principalmente na região Sul e no Mato Grosso do Sul.
O pecuarista deve estar atento a quedas bruscas de temperatura que podem afetar o desempenho animal e até causar mortes em rebanhos expostos ao frio extremo.
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🛑 Planejamento é essencial para enfrentar a transição climática
Com a chegada tardia da estiagem, o produtor deve aproveitar as boas condições de pastagem para fortalecer o planejamento forrageiro e evitar impactos negativos na seca. Müller reforça a importância de:
🔸 Monitorar reservas estratégicas de alimento para os rebanhos.
🔸 Ajustar o manejo nutricional para minimizar os efeitos do estresse térmico.
🔸 Estar atento a surtos de doenças e pragas que podem se intensificar com temperaturas elevadas.
Para o pecuarista, o momento é de aproveitar a umidade extra e planejar a transição para o período seco. As atualizações climáticas serão essenciais para tomar decisões estratégicas no campo e manter a produtividade em alta ao longo de 2025.
📌 Fique ligado no Giro do Boi para acompanhar as previsões e tomar as melhores decisões para sua fazenda!
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