CRUZAMENTO INDUSTRIAL

Gado tricross no Brasil: conheça as raças que dão mais lucro no calor!

Confira as genéticas ideais para cruzar com fêmeas meio-sangue europeias, garantindo animais adaptados e produtivos. Assista ao vídeo

Gado tricross no Brasil: conheça as raças que dão mais lucro no calor!
Gado tricross no Brasil: conheça as raças que dão mais lucro no calor!

Pecuaristas, a busca por maior lucratividade na pecuária brasileira, especialmente em nosso clima tropical, tem levado muitos a explorar o potencial do gado tricross. Mas quais são as combinações genéticas que realmente trazem resultado, evitando problemas de adaptação e de parto? Assista ao vídeo e confira a resposta completa.

Nesta terça-feira, 28 de julho, o zootecnista Alexandre Zadra, especialista em genética e cruzamento industrial de bovinos e autor do blog “Crossbreeding”, respondeu a essa dúvida frequente no quadro “Giro do Boi Responde”.

Ele detalhou como criar fêmeas tricross tropicalizadas que prosperam sob o calor e a umidade.

Fêmeas tricross para climas tropicais: a regra do “pelo zero”

Bovinos de cruzamento industrial. Foto: Reprodução
Bovinos de cruzamento industrial. Foto: Reprodução

Para que uma fêmea tricross tenha boa longevidade e desempenho em pastos tropicais, ela precisa ser tropicalizada. Isso significa, em resumo, que ela deve ter o pelo curto, liso e brilhante, característica que confere melhor termorregulação.

A regra é clara: fêmeas tropicais devem ter, no máximo, meio sangue de raças do frio (europeias) em sua composição.

Se você já tem uma fêmea meio-sangue europeia (como Angus x Nelore, Hereford x Nelore, ou Simental x Nelore), o próximo cruzamento deve ser com uma raça tropical para que o animal final tenha 75% de sangue tropical.

Raças tropicais para o cruzamento em tricross

Bovinos da raça Senepol. Foto: Divulgação
Bovinos da raça Senepol. Foto: Divulgação

Para dar continuidade a um sistema que aproveita a fêmea filha da meio-sangue e garante sua adaptabilidade, Alexandre Zadra recomenda as seguintes raças tropicais:

  • Zebuíno: É uma escolha sólida, mas com uma ressalva crucial: utilize touros zebuínos negativos para peso ao nascimento (que produzem bezerros leves). Isso evita distocias (problemas de parto) nas fêmeas meio-sangue, que não possuem cupim e podem ter dificuldade com bezerros zebuínos que tendem a ser mais pesados ao nascer.
  • Caracu ou Senepol: Essas raças taurinas adaptadas ao calor são excelentes opções. Ao cruzá-las com a fêmea meio-sangue europeia, o resultado será um animal 3/4 tropical, com “pelo zero” e muito boas como matrizes. O Senepol é de pequeno porte, enquanto o Caracu é de maior porte.

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Outras opções e o critério de seleção

Rebanho de bovinos Bonsmara. Foto: Reprodução
Rebanho de bovinos Bonsmara. Foto: Reprodução

Outras raças também estão evoluindo em adaptabilidade, como o Bonsmara e o Canchim. No entanto, o Canchim, por ser formado com Charolês, é mais indicado para um cruzamento terminal.

O Brangus também tem rebanhos melhorando sua adaptabilidade, e fêmeas com pelo curto podem ser selecionadas para uso no Brasil tropical.

A mensagem principal é que, para qualquer fêmea ser selecionada como boa reprodutora em ambientes quentes, ela deve ter pelo curto, liso e brilhante.

Essa característica é a base para o sucesso do gado tricross no Brasil, garantindo que as fêmeas consigam se manter produtivas e lucrativas mesmo sob as condições do nosso clima tropical.

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