Sobrou capim no fim do pastejo rotacionado? Saiba que isso é sinal excelente para a produção do boi gordo, segundo o doutor em zootecnia Gustavo Rezende Siqueira. Assista ao vídeo abaixo e confira essa história na íntegra.
Ele é pesquisador do Polo Regional de Alta Mogiana da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). A autarquia está vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Siqueira faz uma analogia com uma festa. Se os convidados chegam à celebração e tem bastante comida, isso já é uma coisa. Agora, quando o pessoal vai embora, e ainda tem comida, quer dizer que a festa foi muito boa.
O mesmo conceito deve ser aplicado ao pastejo rotativo ou até no rotatínuo. Ter sempre um bom pasto disponível aos animais faz uma grande diferença para o ganho médio de peso diário dos animais.
“Tem muitas pesquisas falando o pasto rotatínuo. É uma estratégia muito interessante pois o produtor não sai com o gado com um pasto tão baixo”, diz Siqueira.
O pesquisador foi entrevistado pela reportagem do Giro do Boi. A reportagem foi ao ar nesta sexta-feira, 6, e faz parte da série feita nas unidades de pesquisa da APTA.
Eficiência no ganho médio de peso diário
A altura do pasto, tanto na entrada quanto na saída do rebanho, deve estar na estratégia da propriedade que quer turbinar a recria.
Ao deixar uma altura residual do pasto maior é importante porque não compromete o bocado do animal.
“Só que para isso você tem de rodar esse pasto muito mais rápido. Por isso, o manejador de pasto da fazenda tem de estar muito mais atento. Na hora que o boi sair, tem de ter ainda comida e bebida na festa dele”, diz o pesquisador da APTA.
O segredo, nesse caso, é poder manejar o número de animais e ou as categorias mais adequadas em cada piquete do pasto. Não adianta colocar mais gado, e, para, no final do dia, eles ganharem menos peso.
Quais os erros mais comuns no rotacionado?
Os erros mais comuns no pastejo rotacionado é entrar com os bois no piquete com um capim mais alto do que deveria. Outro erro é sair com o gado numa altura mais baixa de pasto do que o esperado.
“Preconizamoa usar suplementações da ordem de 3 a 5 gramas por quilo de peso vivo dos animais. Ela vai compensar o déficit nutricional da pastagem. Aí, você tem muitos animais por área ganhando muito peso”, diz o pesquisador.
Se for necessário deixar os animais um tempo a mais no piquete e deixar o pasto mais baixo, a recomendação é que sobre o fornecimento de suplementação aos animais.