Saiba como controlar infestação de malva-branca em pastagens do norte de MG

Especialista apresentou resultados do controle da planta daninha feito a partir de herbicida de aplicação foliar e indicou época ideal do ano para o manejo

Conforme disse ao Giro do Boi desta terça, 23, o administrador de empresas e técnico em agropecuária Igor Miranda Vasconcelos Braga, da Tecno-pec Representações e também representante comercial da linha de pastagem da Corteva Agriscience, uma das ervas que mais roubam a produtividade dos pecuaristas do norte de Minas Gerais é a malva-branca.

“Essa malva-branca compete diretamente por água, luz e nutrientes e ela é muito mais agressiva (do que o capim). Na verdade ela é nativa da região e tem um poder de adaptação muito maior do que o próprio capim e a gente tem o dever de eliminá-la das pastagens e recuperar o capim”, afirmou em participação no quadro Giro pelo Brasil. “A erva daninha tem raiz pivotante, então ela consegue ainda puxar água mais abaixo do que o capim. Mas a gente tem a solução, a Corteva tem moléculas exclusivas […] e tem uma eficiência muito grande para este tipo de praga”, completou.

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O técnico em agropecuária exemplificou o trabalho de controle da malva-branca mostrando imagens do manejo feito com um dos defensivos de aplicação foliar da linha XT em uma fazenda localizada em Itacarambi-MG.

“Com o controle seletivo, a gente conseguiu eliminar a erva daninha e deixar só o capim. Hoje no norte de Minas, em todo o Brasil, para o pecuarista, o controle de ervas daninhas com herbicida é uma das ferramentas principais”, disse Braga. A propriedade tinha piquetes com 50% de infestação, perdendo, portanto, 50% da capacidade de produção pela oferta reduzida de forragem. “Com o controle químico com um custo baixo, a gente consegue dobrar esta produtividade”, ressaltou.

“Dobra a oferta de forragem e você, numa região de Semiárido, depois da aplicação na época das águas, consegue atravessar o período de seca com muito mais oferta de forragem do que numa área que não foi tratada”, comparou.

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O especialista informou também o período ideal de controle da malva-branca, e de outras ervas daninhas, na região norte de MG, cuja janela de chuvas ocorre geralmente entre novembro e março. Para Braga, o ideal é o produtor fazer as aplicações assim que as chuvas começam. “A recomendação é quanto mais cedo a gente consegue controlar esta erva daninha, mais tempo a gente tem de oferta disponível, menor é a dose do produto que a gente vai usar porque a praga é mais nova e tem um sistema radicular menos desenvolvido. Com uma dose menor a gente consegue controlar e isso acaba tendo um custo mais baixo”, reforçou.

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“Essa é a hora de fazer o planejamento e fazer um diagnóstico para quando chegar as águas já estar tudo preparado”, completou. O técnico deixou seu telefone à disposição para o caso de dúvidas dos produtores tanto do norte de MG quanto do sudoeste baiano, suas áreas de a atuação.

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Assista a entrevista completa com Igor Braga no vídeo a seguir: