A produtividade da pecuária brasileira registrou um salto incrível nos últimos 12 anos: quase 90% de crescimento. Este foi o resultado com o público de pecuaristas que participaram do Rally da Pecuária. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Quem pontuou os principais destaques da maior expedição privada em áreas de pecuária do País foi o engenheiro agrônomo Maurício Palma Nogueira.
Nogueira é sócio-diretor da consultoria Athenagro e coordenador do Rally da Pecuária. Ele esteve no estúdio do Giro do Boi nesta terça-feira, 5.
Para o especialista, os pecuaristas do Rally da Pecuária 2022/2023 alcançaram um notável crescimento de 5,4% ao ano em produtividade nos últimos doze anos, superando a média nacional de 2,9%.
Em 2011, a diferença já era clara: 6,88 arrobas por hectare/ano para os participantes do Rally, contra 3,38 arrobas por hectare/ano no Brasil.
O salto da pecuária brasileira
No cenário atual, os resultados surpreendem: a produtividade dos pecuaristas do Rally é 87,2% maior do que em 2011, alcançando impressionantes 12,88 arrobas por hectare/ano, enquanto a média nacional subiu 41% para 4,77 arrobas por hectare/ano.
Nogueira destaca ainda a influência da tecnologia. Pecuaristas mais tecnológicos obtêm rendimentos superiores por hectare, concentrando o mercado.
Entretanto, esses produtores representam apenas 18% do público, ocupando 8,5% das terras pecuárias do Brasil. Cerca de 20% do rebanho nacional segue práticas extrativistas, criando desafios para políticas públicas e privadas.
Controle e impactos na pecuária brasileira
O controle de fornecedores indiretos é uma preocupação, pois animais desses sistemas podem afetar a qualidade das propriedades regulares.
Além disso, essa diversidade de práticas pode gerar flutuações imprevisíveis nos preços da carne bovina.
A pecuária brasileira está em ascensão, mas o desafio é unificar práticas e garantir a sustentabilidade do setor.