Posso soltar o touro na vacada depois de diagnosticar prenhez positiva?

Criador de SP quer saber se juntar de novo seus touros PO nas vacas que já confirmaram prenhez vai ajudar a diminuir o número de vacas vazias pela perda gestacional

Uma das dúvidas respondidas no quadro Giro do Boi Responde desta quarta, 20, veio de uma criador de Mococa, no interior de São Paulo. O pecuarista Erivaldo Antunes quer saber se é interessante soltar os touros PO que ele tem em vaca com atestado prenhez positiva para evitar que a matriz sofra com perda da gestação e chegue vazia ao final da estação de monta.

Segundo o zootecnista Rafael Cassiolato, consultor técnico da GlobalGen, é comum ocorrer um certo índice de perda gestacional durante a estação de monta. “Essa perda gestacional, ou seja, do momento quando a fêmea concebeu até o parto, gira mais ou menos em torno de 6%, sendo um pouco maior em novilha e, talvez, um pouco menor em vacas multíparas”, informou.

“Então é interessante, sim, após o diagnóstico de prenhez, principalmente se for um diagnóstico precoce […] a gente colocar um touro mesmo com um lote de vacas com prenhezes confirmadas por ultrassonografia”, opinou.

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DIAGNÓSTICO PRECOCE

Em outras palavras, entende-se que o diagnóstico precoce ocorre 30 dias após a inseminação ou após a exposição ao touro, no caso das propriedades que trabalham com monta natural, e segue até 60 dias de gestação.

Como resultado, a prática evita que, lá na frente, alguma matriz siga vazia após a monta depois de perder uma prenhez confirmada previamente.

COMPLETANDO A ESTRATÉGIA

Por fim, Cassiolato recomendou outras práticas que podem evitar problemas de perdas gestacionais. “Uma boa estratégia nutricional pode evitar essas perdas gestacionais, ok? Opções de manejo, um manejo mais gentil, mais tranquilo, um manejo racional também evita essas perdas”, acrescentou.

“Da mesma forma, um bom calendário sanitário. Então a gente precisa fazer a vacinação destas fêmeas, visando minimizar os efeitos das principais doenças reprodutivas”, concluiu.

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Pelo vídeo a seguir é possível assistir na íntegra a resposta do zootecnista Rafael Cassiolato ao criador do estado de São Paulo: