
Como produzir animais jovens, pesados e com carne extremamente macia, adequada ao rigoroso Protocolo 1953? O pecuarista André Augusto Sebe Filippo, da Fazenda São Sebastião, localizada em Rondonópolis (MT), revelou os detalhes dessa receita em entrevista exclusiva ao programa Giro do Boi, nesta quarta-feira, 12 de março. Assista ao vídeo abaixo e confira essa história.
A fazenda, referência nacional em carne premium, utiliza genética Nelore, Angus e Wagyu, combinando cruzamentos estratégicos para obter fêmeas com até dois dentes e peso médio de 20 arrobas, além de machos que chegam tranquilamente às 23 arrobas ao abate.
Manejo minucioso é a base do sucesso com Nelore, Angus e Wagyu
O segredo, segundo André, está em um manejo detalhado e intensivo desde a recria até a fase final dos animais, garantindo carne com altíssimo grau de marmoreio, considerado o “diamante negro” da pecuária moderna.
As bezerras meio-sangue Nelore e Angus adquiridas pela fazenda passam por um rigoroso protocolo de inseminação artificial com raças taurinas como Angus e Wagyu, permitindo a produção precoce e a obtenção de animais com carcaças valorizadas pelo mercado premium.
Após quatro meses, realiza-se a desmama precoce dos bezerros, garantindo um desenvolvimento acelerado da matriz que, logo em seguida, é destinada ao abate.
Alimentação estratégica e adaptada ao clima local
Outro ponto-chave destacado por André é a estratégia nutricional adotada. Ele utiliza ingredientes cuidadosamente selecionados, especialmente a silagem de espiga de milho (snaplage) e o coproduto da indústria de etanol (DDG).
“Não usamos derivados do algodão, porque buscamos garantir uma carne de excelência e com alto marmoreio”, explicou.
A genética utilizada também recebe atenção especial, com uso intensivo de cruzamentos entre Nelore, Angus e Wagyu, este último reconhecido mundialmente pelo seu marmoreio excepcional.
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Equipe especializada e conhecimento local
André destaca ainda a importância fundamental da equipe técnica da fazenda, capacitada para gerenciar todas as etapas do manejo e garantir o bem-estar animal.
“A equipe é essencial porque conhece cada detalhe da propriedade, do solo ao clima, e garante que as ações sejam feitas no momento certo”, afirma.
Entre os desafios já superados, estão a adaptação do gado taurino ao clima quente e úmido de Rondonópolis, especialmente pela escolha criteriosa das linhagens que melhor suportam o ambiente desafiador da região.
Sustentabilidade e atenção ao consumidor
Outro ponto enfatizado por André é a preocupação com a sustentabilidade e o respeito ao consumidor final.
A fazenda atende rigorosamente às exigências do Protocolo 1953, abatendo todos os seus animais na unidade da Friboi em Pedra Preta (MT), garantindo assim total rastreabilidade, bem-estar animal e qualidade final do produto.
Com manejo cuidadoso, investimento em genética especializada e atenção constante aos detalhes, a Fazenda São Sebastião tornou-se um exemplo de excelência em carne premium com base na genética Angus e Wagyu, justificando plenamente o apelido de “diamante negro” da pecuária mato-grossense.
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