Renata Erler, uma zootecnista especialista em gestão do agronegócio pela Esalq, compartilhou sua primeira experiência de cooperação internacional, focando especialmente na pecuária na África, especificamente em Angola. Assista ao vídeo abaixo e confira esta incrível história.
Durante uma entrevista recente no quadro “Giro do Boi”, Renata discutiu sua contribuição significativa para um projeto ambicioso de produção de carne em Angola, um trabalho que ela iniciou com uma carga valiosa: material genético de variedades de braquiárias e genética Nelore, ambos adaptados e melhorados no Brasil.
Iniciativa de desenvolvimento pecuário na África
Ao ser entrevistada diretamente de Linhares, Espírito Santo, Renata detalhou sua visita a Angola, onde colaborou com um grande projeto local para aprimorar a produção de carne.
Este projeto não só incorporou genética adaptada, como também estratégias de pastagem aprimoradas sobre as quais especialistas brasileiros têm extenso conhecimento.
Renata explicou que o material genético brasileiro foi decisivo, pois as condições climáticas em Angola são comparáveis às do Brasil, tornando as práticas de pecuária brasileiras altamente relevantes e aplicáveis.
Desafios e soluções no manejo pecuário em Angola
Durante sua intervenção, Renata descreveu os desafios específicos encontrados no projeto angolano, desde a adaptação das práticas de pastagem até a introdução de melhores práticas de manejo para o gado.
Ela relatou que, inicialmente, o projeto não estava atendendo às metas estabelecidas, principalmente devido à falta de um manejo operacional eficaz e a necessidade de ajustes no manejo de pastagens.
A solução veio através do convite a Renata para aplicar seu conhecimento e experiência, ajudando a redefinir os processos e práticas no local.
Mudança através da educação e adaptação tecnológica
A capacitação local foi um tema central na discussão. Renata enfatizou a importância de educar e treinar a mão de obra local, que está ávida por aprender e contribuir para a melhoria das práticas pecuárias.
Além disso, ela destacou como a introdução de tecnologia apropriada e a adaptação de técnicas podem fazer uma diferença significativa na produtividade e na sustentabilidade da pecuária na região.
Impacto cultural e econômico da pecuária em Angola
A experiência também ofereceu a Renata uma visão sobre os aspectos culturais que influenciam a pecuária em Angola.
Ela notou que, em algumas partes do país, o gado é visto mais como um símbolo de status do que como uma fonte de alimento.
Isto apresenta uma dinâmica interessante em termos de como a pecuária é percebida e praticada, o que também precisa ser considerado ao implementar novas técnicas e estratégias.
Futuro da cooperação
Ao concluir a entrevista, Renata expressou entusiasmo pelo potencial de crescimento e desenvolvimento da pecuária em Angola.
Ela reafirmou seu compromisso de continuar trabalhando com os produtores locais, ajudando a criar um impacto positivo que vai além das fronteiras da fazenda, influenciando positivamente a economia local e melhorando as condições de vida na comunidade.