
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) realizou na semana passada a entrega oficial do certificado da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que reconhece o Brasil como uma zona livre de febre aftosa sem vacinação.
A entrega marca um momento histórico para o Pará, que detém um rebanho de mais de 26 milhões de cabeças, o segundo maior do país.
O reconhecimento foi oficializado em maio, na 92ª Assembleia Geral da OMSA na França, e agora posiciona o Pará em um novo patamar no comércio internacional de carnes.
O diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, ressaltou que a conquista é de todo o setor, que gera riquezas para o estado. Francisco Victer, presidente da Uniec, afirmou que o novo status é um símbolo da confiança internacional no controle sanitário do Brasil.
Acompanhe todas as atualizações do site do Giro do Boi! Clique aqui e siga o Giro do Boi pela plataforma Google News. Ela te avisa quando tiver um conteúdo novo no portal. Acesse lá e fique sempre atualizado sobre tudo que você precisa saber sobre pecuária de corte!
Alta valorização e abertura de fronteiras
A certificação da OMSA é a porta de entrada para novos e importantes mercados de alto valor agregado. Com o novo status sanitário, o Pará poderá acessar países como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e a União Europeia, que antes exigiam essa condição de livre de aftosa sem vacinação.
A perspectiva para o produtor é de melhor remuneração pela atividade. O presidente do Sindicarne, Daniel Freire, explica que a abertura de fronteiras não significa apenas mais mercado, mas fundamentalmente melhor cotação para o boi e para a carne. O objetivo é aumentar as exportações para valorizar a produção e gerar mais renda no campo.
Essa nova chancela é essencial para o escoamento da produção paraense. O Pará produz cerca de 1 milhão de toneladas de carne por ano, mas consome apenas 250 mil. A abertura de novos mercados permitirá a exportação de cortes menos consumidos internamente, como músculo e patinho, e a melhor valorização de cortes nobres, como o contrafilé, no mercado europeu.
Esforço de 30 anos e sustentabilidade comprovada
A conquista é o resultado de três décadas de esforço, vigilância e conscientização no campo, destacou Rose Remor, assessora técnica do Fundepec/Faepa. O produtor rural fez a parte dele: vacinou, notificou e caminhou junto com o serviço veterinário oficial.
A pecuária paraense já se destaca pela sustentabilidade e qualidade. Daniel Freire ressaltou que apenas 15,5% do território do estado é utilizado para a produção de animais. Esse dado demonstra o compromisso do setor com o meio ambiente e a responsabilidade social, fortalecendo a imagem da carne paraense no cenário global.
News Giro do Boi no Zap!
Quer receber o que foi destaque no Giro do Boi direto no seu WhatsApp? Clique aqui e entre na comunidade News do Giro do Boi 2.