Panicum ou Braquiária: que capim plantar na minha fazenda no sudoeste baiano?

O pecuarista Ivanilton Reis disse que tem uma fazenda em área de morros no sudoeste da Bahia e quer saber se o MG12 Paredão, uma cultivar de Panicum, serve como opção de forrageira pra ele ou se deve ser descartado para que ele plante Braquiária em sua propriedade.

O pecuarista e zootecnista Tiago Felipini, consultor da Alcance Planejamento Rural especialista em nutrição, tirou a dúvida de Ivanildo.

“A primeira coisa a saber a respeito da sua área é qual a relação de Panicum x Braquiária você tem. Pela minha experiência aí no sul da Bahia, uma experiência de mais de dez anos, você tem que ter no máximo 30% de Panicum nos seus pastos porque os solos são de média a até alta fertilidade. Aí, quando as fazendas têm mais de 30% de Panicum, normalmente elas perdem pasto e não conseguem ajustar a lotação porque teria que até quadruplicar a lotação nessas áreas de Panicum já que ele é muito explosivo”, alertou o consultor.

“Já a Braquiária é um pouco mais lenta e ela permite também certa margem de erro de manejo, algo que o Panicum não permite. Por isso você tem que roçar, às vezes você até queima a pastagem (de Panicum)”, advertiu.

“Então avalie a sua relação. Se você tiver menos de 30% de capins do gênero Panicum, você pode usar um MG12 Paredão tranquilamente, é um excelente capim. Inclusive resistente à cigarrinha. Agora se você tiver mais de 30% dos pastos com Panicum, aí está na hora de você entrar renovando com Brachiaria brizantha ou até a Decumbens. Mas a Decumbens tem problema com cigarrinha e você vai precisar mecanizar a área para fazer o controle mecanizado, já que esse controle tem que ser rápido. Mas se você não tem como mecanizar, se a área é muito morrada, aí plante o Brizantha ou Marandu, que também é conhecido como Braquiarão”, recomendou Felipini.

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