R$ 27 BILHÕES DE PREJUÍZO!

Degradação do pasto faz pecuarista perder em média R$ 40 por arroba em 2023

Confira os detalhes na entrevista com o engenheiro agrônomo Maurício Palma Nogueira, consultor de pecuária, sócio-diretor da consultoria Athenagro e coordenador do Rally da Pecuária

Degradação do pasto faz pecuarista perder em média R$ 40 por arroba em 2023
Degradação do pasto faz pecuarista perder em média R$ 40 por arroba em 2023

A degradação das pastagens é um dos temas preferidos dos pecuaristas brasileiros e, em 2023, tem causado uma perda média de R$ 40 por arroba, segundo Maurício Palma Nogueira, sócio-diretor da consultoria Athenagro e coordenador do Rally da Pecuária. Em entrevista ao Giro do Boi, Maurício destacou a importância da recuperação das pastagens no Brasil e os desafios envolvidos. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Nos próximos 10 anos, o Programa Nacional de Conservação de Pastagens do governo federal tem como meta recuperar 40 milhões de hectares degradados no País.

Embora alguns considerem essa meta ambiciosa, é crucial produzir mais comida em menos área, tornando a recuperação dos pastos inevitável, especialmente para pequenos produtores, muitos dos quais não têm acesso a financiamentos para resolver essa questão.

Estudos e ações para mitigar perdas da degradação dos pastos

Maurício Palma Nogueira, um dos maiores especialistas em pastagens brasileiras, acompanha fazendas através do Rally da Pecuária e faz parte do comitê gestor interministerial do programa de conservação de pastagens.

Ele explica que a degradação dos pastos tem um impacto financeiro significativo, estimado em cerca de R$ 27 bilhões em 2023.

Esse valor representa, em média, uma perda de R$ 40 por arroba produzida, com os pecuaristas discutindo preços dentro das fazendas enquanto enfrentam a degradação contínua dos pastos.

É essencial adubar e controlar invasoras e insetos para evitar que o pasto continue piorando a cada ano.

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Práticas recomendadas e desafios futuros

Para enfrentar esses desafios, é necessário tratar o pasto como uma atividade agrícola, corrigindo-o tecnicamente e evitando reformas caras.

A degradação das pastagens pode ser mitigada com um investimento estratégico, que custaria menos de 60% do preço de uma reforma completa. Isso implica em realizar o manejo adequado com calcário, fósforo e nitrogênio, considerando a análise do solo.

Maurício enfatiza a importância de tratar o pasto desde os primeiros sinais de degradação (qualidade 4), em vez de esperar que chegue a um estado avançado (qualidade 2). Esse manejo antecipado pode evitar que custos exorbitantes sejam necessários para a recuperação total.

Expectativas futuras sobre a pecuária brasileira

Com o avanço da pecuária brasileira, a produtividade tem aumentado significativamente, com exportações crescendo 33% de janeiro a maio de 2024, em relação ao mesmo período de 2023.

No entanto, para manter a competitividade, é crucial evitar a degradação das pastagens. Tecnologias e práticas de manejo adequadas são essenciais para garantir a sustentabilidade e lucratividade da pecuária.

A degradação das pastagens é um problema que afeta diretamente a rentabilidade dos pecuaristas. Com uma abordagem proativa e o uso de tecnologias adequadas, é possível mitigar essas perdas e garantir o futuro da pecuária brasileira.

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