BEM-ESTAR ANIMAL

Marcação a fogo: 96% dos pecuaristas fazem esta prática no País. Saiba como reduzir este índice

Especialistas discutem alternativas e benefícios de reduzir a marcação a fogo visando o bem-estar animal e a eficiência na pecuária

Marcação a fogo: 96% dos pecuaristas fazem esta prática no País. Saiba como reduzir este índice
Marcação a fogo: 96% dos pecuaristas fazem esta prática no País. Saiba como reduzir este índice

A prática da marcação a fogo, ainda prevalente em 96% das propriedades pecuárias do Brasil, está sendo desafiada por inovações que visam melhorar o bem-estar animal e a eficiência no manejo do gado. Assista ao vídeo abaixo e confira a entrevista na íntegra.

No programa Giro do Boi, os especialistas Mateus Paranhos, professor da Unesp, o médico-veterinário Everton Andrade, especialista corporativo Bem-Estar Animal JBS, e Luciano Lobo, gerente de Desenvolvimento de Negócios com foco em Rastreabilidade da MSD Saúde Animal, discutiram as soluções e os benefícios de substituir essa prática.

Redução da Marcação a Fogo: uma nova abordagem

O projeto de redução da marcação do gado a fogo está ganhando cada vez mais adeptos no Brasil. Esta iniciativa, uma colaboração entre a consultoria BE.Animal, a Unesp, a Agropecuária Orvalho das Flores, com apoio da Friboi, MSD Saúde Animal e Beckhauser, propõe alternativas mais humanas e eficientes para identificar animais.

“Deixar de judiar dos bovinos com ferro incandescente garante melhores condições de bem-estar para o rebanho e um manejo mais tranquilo para os vaqueiros.”

Everton Andrade

Lançamento da segunda fase do projeto

A segunda fase do projeto foi lançada com um convite aos pecuaristas para participarem e acessarem informações através de um QR Code, facilitando o aprendizado de técnicas mais racionais de manejo.

Mateus Paranhos comentou sobre a resistência inicial à mudança, mas destacou que os resultados provam ser benéficos para todos.

“Mudança sempre dói um pouco, mas os dados mostram que é melhor para o gado, para o trabalhador e para o produtor.”

Mateus Paranhos

Impacto na qualidade da carne e eficiência

Everton Andrade salientou que a marcação a fogo causa estresse significativo no gado, o que pode impactar negativamente a qualidade da carne devido ao aumento do pH e a possibilidade de contusões nas carcaças.

Dados da pesquisa indicam que a leitura de marcas a fogo tem um erro de 18%, enquanto a rastreabilidade por brinco eletrônico tem apenas 1% de erro, demonstrando uma considerável vantagem da identificação eletrônica.

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Tecnologia de identificação eletrônica

Luciano Lobo explicou que a MSD Saúde Animal investiu em tecnologias de identificação eletrônica através da aquisição da marca Allflex.

“A identificação eletrônica não só torna o manejo mais simples e preciso, mas também reduz significativamente o estresse animal.”

Luciano Lobo

Essa tecnologia é essencial para melhorar a gestão, a transparência e o bem-estar animal, favorecendo a conquista de mercados de exportação mais exigentes.

Iniciativas e apoio governamental

O projeto conta com o apoio da Secretaria da Agricultura de São Paulo, que oferece alternativas como a aplicação de bottons específicos para substituir a marcação a fogo em casos obrigatórios, como a vacinação contra Brucelose.

“Precisamos apoiar iniciativas que ofereçam alternativas viáveis e menos agressivas para a identificação do gado.”

Mateus Paranhos

Iniciativas educacionais e tecnológicas

A jornada de redução da marcação a fogo é desafiadora, mas essencial para o avanço da pecuária brasileira.

Com iniciativas educacionais e tecnológicas, os pecuaristas têm a oportunidade de adotar práticas mais humanas e eficientes.

O projeto busca não apenas melhorar o bem-estar dos animais, mas também otimizar a produtividade e a qualidade dos produtos bovinos no mercado.

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