Laboratórios em unidades de abate agilizam análises e norteiam manejo do pecuarista

Unidades de coleta e análise de amostras de localizadas em Campo Grande-MS e Barra do Garças-MT foram reconhecidas recentemente com certificação ISO 17025

Boas notícia para a pecuária de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – e também para a atividade em âmbito nacional, de modo geral. Após auditorias do Inmetro, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, mais dois laboratórios da indústria da carne bovina receberam a recomendação para obter o certificado ISO 17025, uma norma internacional de sistemas de gestão da qualidade para laboratórios de ensaio e calibração. As estruturas acreditadas com a auditoria em março estão instaladas nas unidade de abate de bovinos Friboi de Campo Grande-MS e Barra do Garças-MT. O reconhecimento é uma referência internacional tanto para os consumidores de carne como para os mercados para os quais é destinada a proteína vermelha brasileira.

Nesta terça-feira, dia 1º, a diretora de garantia da qualidade do Friboi Maria Emília Raucci, falou sobre o assunto em entrevista ao Giro do Boi. “(A ISO 17025) É uma norma que determina quais são os critérios que os laboratórios que fazem análise de alimentos e produtos derivados da cadeia de produção animal têm que seguir para dar garantia de que todas as etapas dessas análises foram cumpridas dentro desses mais rigorosos critérios que conferem qualidade, rastreabilidade e confiabilidade do resultado e certificados emitidos em cada laboratório”, contextualizou Raucci.

“Esse processo, para se ter ideia, dura em torno de um ano e meio a dois anos para a gente concluir e conseguir ser indicado para receber o certificado, então é um processo de acreditação muito longo. E o nosso laboratório de Barra do Garças conquistou agora na última auditoria. Para finalizar esse processo, sempre acontece uma auditoria em que se olha cada etapa que a gente percorreu. E a gente teve sucesso e foi indicado para o certificado, que está em processo de emissão. Dentro de 15 a 20 dias a gente já estará com ele em mãos”, projetou. Cinco dos nove laboratórios da companhia já possuem a certificação, enquanto todos os demais estão a caminho de receberam as auditorias e, consequentemente, a aprovação para a norma.

“A gente tem desde 2015 a gente vem investindo anualmente valores significativos nos nossos laboratórios. Para se ter ideia, todos eles operam com sistema integrados com todos os equipamentos, ou seja, desde o recebimento da amostra até a emissão de um laudo com o resultado da determinada amostra, a gente tem tudo sistematizado. Então a gente tem esse investimento em equipamento, mas o nosso maior bem, o nosso maior investimento está nos colaboradores (na foto em destaque acima, equipe do laboratório de Barra do Garças celebra a certificação). A gente tem pessoas que são biomédicos, químicos que são especialistas nesses processos e a gente tem capacitações ao longo do ano todo […] No caso de laboratórios, tem um conhecimento específico que acaba fazendo a diferença”, observou Emília.

Equipe do laboratório de Campo Grande celebra conquista da norma ISO 17025.

A diretora justificou a instalação de laboratórios próprios nas unidades de abate ao invés de usar a alternativa de terceirizar o serviço. “Por que a gente optou e decidiu estrategicamente ter nas nossas unidades os laboratórios? O primeiro ponto é para que a gente tenha uma agilidade maior nos resultados. Os resultados das análises feitas em um laboratório fora da companhia costumam ser liberados depois de de sete a dez dias. Internamente, a gente consegue os resultados em dois dias. Ou seja, quanto antes a gente tem o resultado, mais rápido a gente tem como intervir no processo produtivo”, apontou.

Raucci explicou quais análises são feitas nos laboratórios. “Essas análises que a gente faz são de rotina, justamente para garantir a qualidade e segurança do alimento para o nosso consumidor. Também são análises que os mercados lá fora exigem que a gente apresente para que o nosso produto ingresse e seja aceito nesses mercados de exportação. Eles vão desde pesquisa de resíduos de insumos veterinários no campo, por exemplo, até os processos de rotina com análises de microbiologia e físico-química ao longo do processo produtivo”, ilustrou.

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A diretora da garantia da qualidade também revelou que a agilidade do resultado das amostras serve também para guiar o manejo dos pecuaristas fornecedores da indústria em caso de falta de conformidade. “Nesse sentido, as vantagens que a gente tem de um laboratório estar dentro da planta, para os nossos pecuaristas, que são clientes nossos nessas unidades, é que a gente pode entregar esses resultados o mais rápido possível, para que justamente a gente tenha uma forma de auxiliar nesse controle do manejo sanitário da propriedade que, como você colocou, é fundamental”, comentou.

Maria Emília revelou também que a celeridade no resultados das amostras potencializa a captura de valor com o acesso mais rápido da carne bovina brasileira a mercados externos que exigem os laudos das análises para a entrada do produto em suas fronteiras.

“O grande diferencial está, primeiro, na questão da agilidade no resultado e a confiabilidade do resultado num laboratório […] que foi avaliado para ser indicado e ter o certificado à acreditação nesta norma. Então isso traz confiabilidade para o resultado, tanto para os nossos pecuaristas, para quem a gente faz as pesquisas dos resíduos, quanto para os nossos consumidores. E para os mercados lá fora, os clientes geralmente pedem os nossos laudos o mais rápido possível e a gente tem condição de, quando o container está saindo da nossa fábrica, já mandar esses documentos para os clientes. Isso acaba trazendo, sim, uma vantagem, porque o cliente não precisa esperar de sete a dez para ter estes resultados, e a mesma coisa vale para os pecuaristas. Então quando a gente finaliza as análises, a gente pode entregar esse resultado mais rápido para o pecuarista e aí ele vai acompanhando os seus resultados e vai poder fazer avaliação crítica: qual é o medicamento que usa, se é ação mais longa, mais demorada, mais curta, como ele ajusta essa programação de envio dos animais ao frigorífico em função desses resultados. O trabalho do laboratório pode nortear as ações nas fazendas”, disse Emília.

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SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE

Este não foi o único reconhecimento que a garantia da qualidade da companhia recebeu nos últimos meses. Depois de ganhar a medalha de ouro no Prêmio Cliente SA Brasil em 2020, o SAC Friboi classificou-se para a competição no âmbito da América Latina e levou a medalha de prata no Prêmio LATAM 2021. “Esse é um prêmio que eu tenho super orgulho de falar. Ele é um reconhecimento para a gente porque avalia a questão do nosso relacionamento com os clientes e consumidores. É um prêmio que já existe há muitos anos, no ano passado foi a primeira vez em que a gente concorreu. Aqui no Brasil, a gente concorreu com aproximadamente 64 empresas e ganhou a medalha de ouro como melhor empresa com atendimento interno, com SAC interno, para os seus clientes e consumidores. Este é um prêmio de excelência em relacionamento. E essa medalha de ouro no Brasil fez com que a gente pudesse estar apto a concorrer ao prêmio Latam, que é na América Latina, e aí na América Latina a gente ganhou a medalha de prata. A gente tem um super orgulho, o nosso time está super feliz. É um reconhecimento bastante importante também porque a gente competiu com empresas que tem como o seu serviço principal a prestação de serviço de atendimento, ou seja, empresas que só fazem SAC”, contextualizou a diretora.

Emília elencou os serviços prestados pelo SAC da empresa. “A gente tem telefone em todas as embalagens dos nossos produtos. É um 0800 (0800 011 5057) e a gente também tem o e-mail que as nossas atendentes recebem. A gente atende tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, qualquer tipo de representante que tenha dúvida a respeito do nosso produto. […] Até o último momento a gente busca a excelência no relacionamento com os nossos clientes e consumidores. A gente também investiu bastante em time de SAC e faz um atendimento personalizado. Eu brinco que falar com robô não é legal, então a gente tem um time interno que compartilha os nossos valores, conhece os nossos processos e que, com certeza, vai conseguir esclarecer melhor as dúvidas e auxiliar os nossos clientes e consumidores em um momento, seja ele de dúvida, seja de reclamação. A gente está sempre buscando excelência no nosso processo como um todo”, concluiu Maria Emília Raucci.

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Confira a entrevista completa com a diretora de garantia da qualidade do Friboi pelo vídeo a seguir: