Em novo episódio da série Dicas do Chaker, o zootecnista e consultor apresentou um indicador dentro da gestão de equipe com “alta potência” para explicar o resultado. Em outras palavras, o indicador tem forte correlação com a lucratividade de uma fazenda de pecuária. É o faturamento por funcionário.
Conforme revelou Antonio Chaker, diretor do Inttegra, calcula-se o indicador somando todas as vendas da fazenda e dividindo o valor pelo total de funcionários. Em fazendas que trabalham com reposição, por exemplo, calcula-se o índice por faturamento produtivo. “Ou seja, quanto eu faturei, menos o que seria equivalente à reposição desses animais que eu tive que comprar. Então eu divido pelo número de funcionários”, explicou.
Em seguida, veja os principais indicadores de gestão de equipe na pecuária de corte (clique para ampliar). Os dados são do benchmarking do Inttegra 2020/21:
Segundo analisou Chaker, a taxa de aproveitamento da equipe faz toda a diferença no resultado da fazenda. “O que eu preciso aqui não é orientar você a aumentar salário ou diminuir equipe. A questão não é essa. Você vai ver que o aumento de salário também é muito relevante para o aumento de lucro. Agora o ponto fundamental é: como você está aproveitando a sua mão de obra?”, questionou.
FATURAMENTO POR FUNCIONÁRIO
Logo depois, Chaker apontou que existem fazendas top rentáveis dentro do benchmarking que faturam R$ 1,3 milhão por funcionário. Enquanto as fazendas da média estão na faixa dos R$ 700 mil. “Portanto, a qualidade de uso de mão de obra vem de um pensamento logístico. A fazenda tem bastante corredores, consegue ter bastante gado para pouca gente, a fazenda tem pasto bom. Pensaram na fazenda de uma forma inteligente. A gente brinca que é pensada com cabeça de engenheiro, porque aproveita muito bem os recursos”, comparou.
Além disso, Chaker pontuou o problema das piores fazendas para o indicador de gestão de equipe. “Quando você tem fazendas com menor faturamento por funcionário, que são as da casa dos R$ 500 mil, você vê realmente grandes problemas.
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Depois disso, Chaker revelou que o número de cabeças por funcionário deve valer mais para grandes propriedades. As fazendas menores devem estar mais atentas ao indicador principal na gestão de equipe, que é o faturamento por funcionário.
DESEMBOLSO COM MÃO DE OBRA
Em conclusão, Chaker comentou o indicador de desembolso com mão de obra por cabeça ao mês. “O fato de as fazendas que tiveram prejuízo gastarem R$ 15 e as top rentáveis gastarem R$ 10,88 significa que essas fazendas pagam menos por funcionário? Não, porque é salário dividido pelo número de cabeças. E é justamente o contrário”, salientou.
AUMENTO DE SALÁRIO
Assim, Chaker fez um link e apontou que as fazendas top rentáveis do benchmarking aumentaram o salário dos campeiros em 9,3%. “Enquanto a média, 6,4%. Então você percebe que gente com engajamento, com motivação e com boa remuneração, claramente explica que entrega melhores resultados. Em resumo, eu preciso ter gente certa, no lugar certo, com capacitação”, interpretou.
Contudo, o consultor lembrou ainda que na gestão de equipe não adianta capacitar pessoas que não têm interesse na fazenda. “Eu preciso ter propósito, ter visão. Lembrar que a área de conhecimento e gestão de recursos humanos é mais importante que todas as demais áreas que você pode imaginar. Você fala de raça, suplemento, de pasto, mas o que você precisa, sobretudo, é montar e manter um time de alto desempenho. Esse é o papel da liderança”, concluiu.
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Por fim, assista o episódio da série Dicas do Chaker sobre indicadores de gestão de equipe em fazendas de pecuária de corte:
