Forrageira da coroa portuguesa não é tão boa para o rotacionado 

Confira as recomendações da doutora em zootecnia Janaína Martuscello sobre opções de capins para um sistema de pastejo rotacionado no norte de Minas Gerais

O pecuarista Renê de Freitas, mandou uma foto para o Giro do Boi. A imagem é a que abre esta notícia e foi justamente o tema do quadro Giro do Boi Responde desta quinta-feira, 12. Freitas perguntou que forrageira era essa e se ela serviria para um pastejo rotacionado.

Segundo uma análise preliminar, apenas com base na foto, a planta é possivelmente o capim Colonião da espécie Panicum maximum, segundo a doutora em zootecnia Janaína Martuscello, integrante do time de especialistas do maior programa de gestão de fazendas do País, o Fazenda Nota 10.

Detalhes das folhas da forreira que possivelmente é o Colonião. Foto: Arquivo Pessoal

A variedade foi o primeiro capim desta espécie a chegar no Brasil, por conta da colonização do País pela coroa portuguesa, e, por isso, ficou conhecido como “Colonião”. Apesar de a planta ser naturalizada e estar presente em diversas regiões, a variedade pode não ser uma boa opção para um pasto rotacionado.

“Se tiver a possibilidade, o produtor poderia trocar e não utilizar o capim colonião em sistema rotacionado, porque o capim possui uma estacionalidade de produção e temos pouquíssimas coisas relacionadas ao manejo dele em comparação a outras variedades de Panicum”.

Detalhes das sementes da forreira. Foto: Arquivo Pessoal

Caso o produtor ainda prefira utilizá-la, a recomendação é não manter os animais na área por dias fixos, mas em função da altura da planta. O tamanho do capim ideal para a entrada de animais é de 70 a 80 centímetros e a saída é de 35 a 40 centímetros.

Confira na íntegra a resposta no vídeo abaixo:

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