O setor pecuário brasileiro encerra 2024 com avanços significativos na gestão sanitária, mas também com desafios importantes para 2025. Em entrevista ao Giro do Boi, a médica-veterinária Fernanda Hoe, diretora geral da Elanco Brasil, destacou que a capacitação técnica é essencial para o manejo eficiente do rebanho. Assista ao vídeo abaixo e confira.
A empresa investiu em programas de treinamento voltados para colaboradores, distribuidores e pecuaristas, abordando desde o controle parasitário até a conscientização sobre doenças zoonóticas, como a raiva.
Capacitação como estratégia principal
A Elanco Brasil finalizou um programa de dois anos que capacitou seus gerentes comerciais em diferentes módulos, preparando-os para atender melhor às necessidades do produtor.
“Nosso foco é levar informações técnicas e ajudar o produtor a ajustar seu manejo sanitário, criando um calendário mais eficiente para o controle de parasitas e a prevenção de doenças”, destacou Hoe.
Além disso, a Elanco reforçou o treinamento de técnicos de campo e consultores para garantir assistência de qualidade em todo o País.
Desafios e avanços no manejo sanitário
Embora o Brasil tenha conquistado novos mercados, como o Japão, e mantenha o status de país livre de febre aftosa sem vacinação, os desafios persistem.
Muitos produtores relaxaram nos protocolos sanitários com o fim da obrigatoriedade da vacinação contra a aftosa. Isso resultou em prejuízos à produtividade, especialmente devido ao aumento de parasitas internos e externos.
Segundo Hoe, a sanidade animal impacta diretamente o bem-estar e a produtividade do rebanho, além de influenciar questões ambientais, como a emissão de gases de efeito estufa.
Soluções acessíveis e de alto impacto
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), o custo de protocolos básicos de vacinas e antiparasitários é estimado em apenas R$ 2 por animal ao ano.
Hoe enfatizou que esse valor é irrisório quando comparado aos benefícios de uma sanidade bem estruturada.
“Um bom manejo sanitário não apenas reduz perdas, mas também melhora o desempenho produtivo e a sustentabilidade da produção”, afirmou.
Uma visão para 2025
Fernanda Hoe concluiu destacando a importância da conscientização contínua no campo. Com condições climáticas cada vez mais imprevisíveis, os protocolos sanitários precisam ser revisados com a ajuda de veterinários e nutricionistas.
“Cercar-se de bons profissionais e adotar práticas modernas é o caminho para uma pecuária mais eficiente, sustentável e lucrativa”, finalizou a diretora.
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