Em MT, empresas do agro doaram carne a 1.500 famílias durante a pandemia

Projeto beneficente foi encabeçado pela Nutripura e agora vai entrar na terceira fase, de capacitação de profissionais e recolocação no mercado de trabalho

Um projeto beneficente encabeçado por empresas do agro arrecadou carne bovina para cerca de 1.500 famílias de MT na pandemia. Em suma, foi o que contou em vídeo o agrônomo Roberto Aguiar, um dos fundadores da Nutripura e idealizador do projeto Carne na Mesa. O conteúdo faz parte da série Pasto Extraordinário, fruto de parceria entre a Corteva, Canal Rural, Canal do Criador e Giro do Boi.

De acordo com Aguiar, após analisar o impacto da pandemia na população, a empresa percebeu a necessidade de ajudar. “Tinha muita gente fazendo essa ação com alimentos, como arroz e feijão. Eu pensei que a gente tinha que levar uma proteína, uma qualidade de alimentação mais equilibrada. Justamente o que o nosso cliente produz, que é carne. A ideia era levar carne na mesa das pessoas que realmente estava, precisando naquele momento”, recordou o agrônomo.

PARCERIAS

Conforme revelou Aguiar, o trabalho de divulgação do projeto Carne na Mesa contou com ações em associações de classe, paróquias, prefeituras e conteúdo na internet. Em seguida, o projeto preparou uma plataforma para cadastro e triagem das famílias em situação de vulnerabilidade. “Então foi um processo muito estruturado para realmente encontrar a pessoa certa, a pessoa que realmente estava precisando, e não simplesmente sair na rua e distribuir carne”, reforçou o agrônomo da Nutripura.

Depois disso, a entrega da carne bovina levantada pelo projeto Carne na Mesa contou com a ajuda de empresas com expertise na cadeia de frios. “Como era um alimento perecível, a carne, a gente teve que fazer parcerias com açougues e supermercados que conseguiam processar essa carne, embalar e deixar pronta”, acrescentou Aguiar.

Ao mesmo tempo o projeto Campo na Mesa foi viabilizado tanto por clientes como por fornecedores da Nutripura. Por exemplo, um dos parceiros relevantes da iniciativa foi a Corteva Agriscience.

“A Corteva foi fundamental no processo também. Nós fizemos uma primeira fase em Rondonópolis e eles entenderam como o projeto estava funcionando. Na hora de ir para segunda fase, quando a gente precisava de mais recursos e apoio, eles foram muito parceiros. A gente começou a segunda fase em outra região, onde a gente também tem presença de lojas. Em Mirassol d’Oeste, Araputanga e Pontes e Lacerda. E o pessoal da Corteva nesse momento foi muito parceiro, entrou com recurso e com pessoas ajudando, que é algo muito importante”, disse em resumo.

Dessa forma, o projeto Carne na Mesa atendeu 1.500 famílias durante três meses. “Isso dá aproximadamente 4.500 cestas de carne que foram distribuídas”, calculou Aguiar.

TERCEIRA FASE

Agora a Nutripura já começou a preparara a terceira fase do projeto Carne na Mesa, que consiste em nova uma triagem do grupo atendido. “Vamos buscar as pessoas que já conseguiram recolocação no mercado e as pessoas que não conseguiram, que estão em busca de recolocação. Então vamos capacitar essa pessoa, entender qual o perfil dela, fazer um estudo de mercado dentro da nossa cidade”, revelou o agrônomo da Nutripura.

Em suma, Aguiar disse que não basta ensinar uma profissão às pessoas, mas combinar com a demanda do mercado. “A gente precisa formar pessoas que o mercado está contratando. Capacitando as pessoas e ligando ao mercado de trabalho, a gente vai, aí sim, conseguir com que essa pessoa aprenda a pescar o peixe dela”, justificou.

Por último, Aguiar destacou a reação em cadeia gerada pelo projeto Carne na Mesa. “Você planta uma sementinha, a árvore cresce e dá frutos. A gente não pode desistir disso porque, no final, quanto mais você faz, mais você quer fazer. Então o bem gera o bem”, concluiu.

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Por fim, confira mais detalhes do projeto Carne na Mesa pelo vídeo abaixo:

Foto: Reprodução / Facebook