A reportagem da série Embrapa em Ação que foi ao ar nesta sexta, dia 18, mostrou a contribuição da Embrapa Pecuária Sul para o melhoramento genético de raças britânicas e continentais. Quem falou sobre o assunto foi pesquisador da unidade Marcos Yokoo, zootecnista pós-doutor em genética e melhoramento animal.
Conforme apresentou Yokoo, a Embrapa é responsável pela condução do Promebo, que é o programa de melhoramento da ANC, a Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares. O programa existe há 30 anos e há quatro a Embrapa faz o trabalho completo de avaliação dos rebanhos Angus, Brangus, Hereford, Braford, Devon, Bravon Charolês e até bubalinos.
Além disso, o zootecnista falou também sobre o Pampa Plus, Programa de Avaliação Genética Oficial da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) que existe há 12 anos e que a instituição também é responsável pelas avaliações desde sua criação.
“Tanto o Promebo quanto o Pampa Plus são dois programas de avaliação genética importantes para a pecuária não só do Sul do Brasil, mas para a pecuária nacional porque é onde a gente pode avaliar animais de extrema importância para a pecuária, fazer a seleção daquele material genético que interessa para poder disseminar essa genética de qualidade para os rebanhos de todo o país e até para o exterior”, disse o pesquisador em resumo.
ORIGEM DO BRANGUS
Por último, Marco Yokoo falou sobre a relação entre a Embrapa Pecuária Sul e a raça Brangus. Depois de criada nos EUA na década de 1920, o primeiro animal da raça nasceu no Brasil na década de 1940 derivado do cruzamento com o Nelore. A propriedade onde o animal nasceu era a Fazenda Cinco Cruzes, atual sede da Embrapa Pecuária Sul em Bagé.
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Depois disso, já na década de 1980, foi feito o primeiro registro oficial de um nascimento de animal Brangus pela sua Associação Brasileira de Brangus, então sob o nome de Associação Brasileira de Ibagé, instalada também onde é a sede da entidade de pesquisa.
Atualmente o trabalho com o rebanho Brangus continua na Embrapa Pecuária Sul e conta com cerca de 500 matrizes. A seleção é dividida em três objetivos. Em 100 destas fêmeas a Embrapa trabalha com a seleção de uma linhagem voltada exclusivamente para a docilidade. Em outras 100 matrizes, a característica que se busca exclusivamente é a resistência ao carrapato. E nas 300 vacas restantes, a seleção é feita de modo a buscar as demais características produtivas e reprodutivas do Brangus.
Yokoo lembrou ainda que desde 2011 a Embrapa trabalha com a genotipagem dos animais para aprimorar e acelerar a seleção genética.
Veja mais detalhes do trabalho da Embrapa Pecuária Sul com a seleção de raças bovinas britânicas, continentais e seus cruzamentos pelo vídeo a seguir:
Foto: Reprodução / Embrapa
