Saiba como fazer análise do perfil genético e economizar tempo na compra de touros

Médico veterinário e diretor técnico da ANCP, Argeu Silveira, dá dicas de como fazer avaliação genética de touros de repasse ou fornecedores de sêmen para poupar uma ida ao mangueiro, por exemplo

No quadro Giro Tecnológico (G-Tec) desta terça, 14, o médico veterinário e diretor técnico da ANCP, a Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores, Argeu Silveira, repassou dicas para os criadores pouparem tempo – como, por exemplo, evitar uma ida desnecessária ao mangueiro de seu fornecedor – na hora da aquisição de material genético, seja na compra de touros ou de doses de sêmen.

“O primeiro passo é dado do conforto da sua casa. Você vai comprar um touro ou sêmen, busca um fornecedor de genética e pede para ele enviar as informações pra você avaliar”, recomendou Argeu.

Por exemplo, quando um touro é “top 10%”, isto significa que, de acordo com o seu programa de avaliação genética, ele está entre os 10% melhores da raça. “Então o primeiro passo é analisar esta informação do conforto do seu sofá. Se o animal foi aprovado, aí sim você vai pro mangueiro olhar outros detalhes”, disse o veterinário.

Já quando um touro é considerado “top 100%”, quer dizer que é o pior entre os avaliados. “Um animal com esse perfil você pode descartar. Se ele for negativo para índices importantes, como habilidade materna, já economiza tempo de ir até o mangueiro olhar o animal e discutir preço”, completou o diretor da ANCP.

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Um touro “top 0,1%” é o melhor em cada mil animais da raça. “Você deve lembrar que ele foi avaliado pela mesma equação de cálculo que os outros indivíduos do próprio programa de melhoramento, que diz que ele é o melhor de todos. Uma vez aprovados esses índices de qualificação, se o touro lhe atende dentro do que você busca, isto não vai excluir uma ida à fazenda para olhar, checar se ele tem defeitos ou virtudes, um modelo de carcaça, de identidade que você gosta. Mas tudo isso é depois de constatado se o animal é produtivo ou não”, reforçou.

“Depois ainda vem índices de sanidade e reprodutivos inseridos. O touro pode ter ido muito bem na avaliação, mas apresentar defeitos que as DEPs (indicadores de diferença esperada na progênie) não pegam, como defeito de aprumo, excesso de umbigo. Ou seja, a sua avaliação final do touro é importantíssima, mas você deve trabalhar com a avaliação genética antes”, finalizou.

Veja abaixo o vídeo completo: