Doença metabólica que acomete, principalmente, bovinos leiteiros, a cetose afeta especialmente vacas de alta produção, geralmente no período de transição, que se compreende entre as três semanas que antecedem o parto, e as três semanas pós-parto.
Estima-se que, no início da lactação, uma vaca chega a precisar de duas a três vezes mais energia em sua dieta, embora, sua capacidade de consumo de alimentos esteja comprometida pela diminuição do apetite. E é exatamente neste momento que os problemas metabólicos podem ocorrer.
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Causas da cetose bovina
No período de transição, e com um balanço energético negativo, as vacas começam a utilizar suas próprias reservas corporais para suprir o déficit nutricional de energia.
A cetose acontece quando o processo de transformação dessa gordura corporal, em compostos usados como fontes de energia, ocorre de forma exagerada.
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Uma vez ultrapassado este limite, o fígado tem dificuldade na utilização dos ácidos graxos para conversão desse material em energia e glicose. É aí que começa a acontecer o acúmulo desses corpos cetáceos e triglicerídeos na corrente sanguínea do animal.
Trocando em miúdos, o resultado é redução de apetite, que evolui para perda expressiva de peso, que tem impacto direto na produção de leite e na reprodução das vacas.
Bem-estar animal previne a cetose
No Brasil, as altas temperaturas e os níveis de umidade nos estados que representam a maior produção de leite do país podem agravar o quadro da doença.
O calor forte de bacias leiteiras nos estados de Minas Gerais e Goiás, assim como a umidade existente em regiões produtoras em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, precisam da atenção redobrada dos produtores.
O estresse térmico e o desconforto causados por esses agravantes podem favorecer a incidência de cetose, e demais doenças infecciosas e metabólicas no rebanho.
Estudos realizados por diversas entidades apontam que vacas de alta produção leiteira, principalmente entre a 3ª e a 5ª lactação, têm grandes chances de desenvolver a doença. No Brasil, cerca de 60% do rebanho enfrenta prejuízos com a cetose.
Prevenção e tratamento da cetose
A melhor maneira de prevenir doenças metabólicas é estar de olho no manejo nutricional das vacas e no escore de condição corporal (ECC) durante e ao final da lactação. Vacas obesas tendem a apresentar a cetose, devido a lactações demoradas e eficiência reprodutiva comprometida.
Assegurar um bom balanceamento nutricional da dieta, evitando mudanças radicais na dieta, ajuda a manter o perfil de consumo equilibrado, principalmente, quanto ao nível de energia da alimentação.
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O uso de aditivos nutricionais, que favorecem a disponibilização de energia e auxiliam no metabolismo, também pode ajudar na prevenção da cetose.
Para o tratamento, o primeiro passo é a avaliação de um profissional capacitado, em relação ao nível de cetose do animal doente. O fornecimento de energia é indicado para quadros iniciais ou medianos de cetose.