PANORAMA DO MERCADO

Carne bovina: exportação deve fechar em 34% e consumo interno 66%, avalia Renato Costa, presidente da Friboi

Ano foi desafiador e marcado pela recuperação do preço da arroba do boi gordo e pelo avanço de mercados externos, como Estados Unidos, México e Japão

Carne bovina: exportação deve fechar em 34% e consumo interno 66%, avalia Renato Costa, presidente da Friboi
Carne bovina: exportação deve fechar em 34% e consumo interno 66%, avalia Renato Costa, presidente da Friboi

As exportações de carne bovina crescem, mas o mercado interno segue dominante. Segundo Renato Costa, presidente da Friboi, o balanço de 2024 mostrou um avanço expressivo na exportação de carne bovina, que deve fechar em 34% do total produzido no Brasil. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Apesar disso, o consumo interno ainda lidera, representando cerca de 66%. O executivo destacou que o ano foi desafiador, marcado pela recuperação do preço da arroba do boi gordo e pelo avanço de mercados externos, como Estados Unidos, México e Japão.  

Pecuaristas colhem frutos da pecuária mais precoce

Boi China: o padrão que vai além das exigências do país asiático
Boi China: o padrão que vai além das exigências do país asiático

Renato Costa ressaltou que o primeiro ciclo completo da pecuária mais precoce trouxe mudanças significativas a cadeia produtiva de carne bovina.

A produção de gado jovem, até 30 meses, impulsionou a disponibilidade de animais para o abate, elevando o volume de carne disponível no mercado.

Para absorver essa oferta, a Friboi aumentou em 20% sua capacidade de abate. O crescimento das exportações foi essencial para sustentar os preços da arroba, especialmente em mercados exigentes como o asiático, europeu e americano.  

Mercados externos exigem estratégias diferenciadas

Detalhe de navio com contâineres em área portuária. Foto: Canva
Detalhe de navio com contâineres em área portuária. Foto: Canva

Com 50% das exportações destinadas à China, o mercado asiático continua como o principal destino da carne brasileira. Contudo, países como Estados Unidos e México também se destacaram em 2024.

Nos EUA, além do tradicional uso em blends para hambúrguer, a Friboi expandiu sua atuação com carne resfriada e cortes premium, oferecendo produtos diretamente ao varejo.

Costa enfatizou que o sucesso internacional se deve ao atendimento das demandas específicas de cada mercado, como gado jovem e cortes com menos gordura.

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Parcerias e novos mercados para 2025

Bovinos de cruzamento industrial para o Protocolo 1953. Foto: Divulgação
Bovinos de cruzamento industrial para o Protocolo 1953. Foto: Divulgação

O executivo revelou que o trabalho para abrir novos mercados segue intenso. Com a retirada da febre aftosa em diversas regiões do Brasil, a expectativa é conquistar o Japão e outros países em 2025.

Ele também destacou iniciativas como o Protocolo 1953 e parcerias com programas de melhoramento genético, como o PMGZ e a ABCZ, que valorizam a qualidade e a rastreabilidade do gado brasileiro.  

O futuro da cadeia pecuária

Renato Costa reforçou que o sucesso da pecuária brasileira depende de uma cadeia integrada, com esforços conjuntos entre produtores e frigoríficos.

Ele celebrou os resultados de 2024 e projetou que 2025 será um ano de equilíbrio, com valorização da reposição, preços mais estáveis e ampliação da presença internacional da carne brasileira.  

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