A mudança pelas métricas

Quanto mais se conhece sobre os indicadores econômicos e de produtividade da fazenda, melhor tende a ser a gestão do negócio

Importante diferencial do programa Fazenda Nota 10, iniciativa do Inttegra (Instituto de Métricas Agropecuárias) e da Friboi, é que ele aborda mais de 360 indicadores sobre a eficiência da propriedade. São diversos fatores envolvendo produção, pessoas e gestão que permitem às lideranças de cada negócio avaliarem de forma detalhada como está o desempenho de cada setor, compararem com o que deveria ser e tomarem as melhores decisões. É assim que levam a fazenda ao potencial máximo que ela oferece.

A variedade dessas métricas é utilizada de acordo com o perfil de cada propriedade, pois cada uma tem necessidades diferentes. Dependendo de como é o sistema de produção, a análise da fazenda pode passar por todos os indicadores.
Essa é outra vantagem do Fazenda Nota 10, a flexibilidade para se adequar a diversos modelos de negócio em gado de corte, o que permite a participação de um número cada vez maior de pecuaristas, independentemente do tamanho da propriedade e do rebanho.

As métricas passam, por exemplo, por desempenho do gado em ganho médio diário (GMD), lotação dos pastos, produção de arrobas por hectare, performance no confinamento (terminação) e rendimento no abate. Os índices relacionados a esses fatores refletem a eficiência nas outras áreas, como a reprodução, que envolve dados como fertilidade das matrizes e peso ao desmame, e a sanidade, que além de contribuir para elevar a produtividade do rebanho traz para baixo as taxas de mortalidade e de reposição.

Esses dados são indispensáveis para avaliar a administração da fazenda, seja pelos índices financeiros, seja pela performance das equipes. Com a plataforma do Fazenda Nota 10, a gestão passa por todas essas informações, gerando análises isoladas ou cruzando-se os indicadores.

É daí que surgem comparações com dados da própria fazenda, em diferentes períodos, e com as demais propriedades participantes do programa, principalmente as Top Rentáveis. Essa relação é feita apenas com as médias dos inscritos, pois os dados detalhados das fazendas não são compartilhados, o programa é todo baseado em sigilo e proteção das informações.

Paulo Vitor Pereira de Moraes, da Agropecuária Santa Alice (Iguatemi, MS), acredita que essa possibilidade de comparação com outras propriedades é um forte estímulo para intensificar o desempenho da sua fazenda:

“Antes, eu via que estávamos indo bem, mas não tínhamos tanto parâmetro. Com o programa, a régua fica mais alta, e a gente corre atrás para alcançar. Se estiver próximo, ajusta para chegar, e se estiver distante, trabalha para ao menos chegar perto.”

Neste novo cenário, além da evolução na gestão como um todo, Paulo Vitor destaca os avanços que já conseguiu, sobretudo, na etapa de recria.

“Tínhamos um déficit de ganho de peso e a utilização das métricas nos ajudou muito. Fazer uma recria melhor é o segredo para quem faz o ciclo completo”, afirma. “Também contribui muito a troca de informações com os técnicos do programa e com os demais participantes.”

A visão mais ampla e clara sobre os resultados e os desafios da fazenda é valiosa ainda para a definição das metas de curto, médio e longo prazos do negócio. Mas esta é outra história, que vai ser contada em breve.

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