PECUÁRIA INTENSIVA

Confinamento: quais lições o Brasil pode absorver da Austrália e outros países?

Zootecnista Danilo Grandini analisa práticas de confinamento internacionais e suas aplicações no Brasil. Confira a entrevista

Confinamento: quais lições o Brasil pode absorver da Austrália e outros países?
Confinamento: quais lições o Brasil pode absorver da Austrália e outros países?

Em recente entrevista para o Giro do Boi, Danilo Grandini, diretor de Marketing da Phibro Saúde Animal e especialista em sistemas de confinamento, compartilhou lições valiosas de suas viagens aos Estados Unidos, Austrália e África do Sul. Essas observações oferecem perspectivas cruciais sobre como o Brasil pode absorver práticas internacionais para potencializar a produção nacional de carne em confinamento. Assista ao vídeo abaixo e confira a entrevista completa.

Grandini destacou o desafio atual para o Brasil: dobrar sua produção de carne em confinamento, passando de 7 para 14 milhões de cabeças engordadas em sistemas intensivos.

Este aumento não apenas atenderia à crescente demanda por carne, mas também elevaria o padrão de eficiência e sustentabilidade da pecuária brasileira.

Tendências do confinamento na África do Sul

Na África do Sul, a prática de aumentar o peso ao abate chamou a atenção de Grandini. Os produtores sul-africanos estão explorando o potencial de carcaças mais pesadas e magras, utilizando animais europeus que possuem alta capacidade de produção de carne.

Essa abordagem oferece uma janela para o Brasil considerar ajustes na genética e no manejo das raças utilizadas para o confinamento.

Lições da pecuária intensiva nos Estados Unidos e Austrália

Nos Estados Unidos, onde aproximadamente 65% do abate é confinado, as práticas estabelecidas há mais de um século servem como modelo para o desenvolvimento de sistemas de confinamento eficientes.

Já a Austrália se destaca pela integração da sustentabilidade na produção de carne, focando não só na eficiência produtiva, mas também no bem-estar animal e na preservação ambiental.

Segundo Grandini, a Austrália representa um modelo equilibrado que alia produção intensiva a compromissos sustentáveis.

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Investimento e promoção internacional da carne bovina

Uma estratégia notável da Austrália é o investimento substancial na promoção internacional de sua carne.

Em contraste com o Brasil, que investiu R$ 60 milhões em 18 anos, a Austrália empregou 30 milhões de dólares em apenas um ano.

Este foco na promoção e na qualidade assegura um posicionamento premium no mercado global, um exemplo que o Brasil pode aspirar seguir para valorizar ainda mais sua produção de carne.

Importância da tipificação e qualidade do gado abatido

Grandini enfatizou a importância da tipificação da carne, uma prática que ajuda a garantir a satisfação do consumidor e valoriza o produto no mercado.

Exemplos dos EUA e Austrália mostram que a tipificação e garantia de qualidade são fundamentais para consolidar a reputação da carne no mercado internacional.

As oportunidades para o confinamento no Brasil

As experiências internacionais em confinamento oferecem ao Brasil uma oportunidade única de aprender e adaptar estratégias que podem aumentar significativamente a produção, melhorar a qualidade da carne e promover a sustentabilidade na pecuária.

Adotar essas práticas inovadoras e investir em promoção e qualidade são passos essenciais para que o Brasil se destaque como líder global no mercado de carne bovina.

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