DE OLHO NA HETEROSE!

Braford: especialista revela as estratégias mais eficientes com fêmeas mestiças

Alexandre Zadra destaca a importância da heterose e adaptabilidade no cruzamento de novilhas mestiças

Braford: especialista revela as estratégias mais eficientes com fêmeas mestiças
Braford: especialista revela as estratégias mais eficientes com fêmeas mestiças

Alexandre Zadra, conhecido especialista no campo da genética de bovinos, respondeu ao produtor Diego Poletto sobre a eficácia do cruzamento de touros Braford com novilhas mestiças. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Zadra enfatizou os conceitos fundamentais de heterose e adaptabilidade necessários para resultados produtivos significativos em cruzamentos industriais.

Heterose e adaptabilidade como pilares

Lote de bovinos de cruzamento industrial. Foto: Divulgação
Lote de bovinos de cruzamento industrial. Foto: Divulgação

O ponto crítico levantado por Zadra é que para que se tenha um cruzamento de sucesso, deve-se gerar heterose ou “choque de sangue”, cruzando raças diferentes para explorar características distintas, como a maior precocidade e fertilidade das fêmeas resultantes.

No entanto, igualmente importante é a capacidade do animal resultante de se adaptar ao clima em que será criado.

Cruzamento com raças complementares

Vacas Nelore com bezeros ao pé com genética Angus. Foto: JMMatos
Vacas Nelore com bezeros ao pé com genética Angus. Foto: JMMatos

Zadra orientou que, para maximizar a eficiência produtiva, deve-se buscar raças que se complementam.

Por exemplo, uma raça europeia, que tende a um rápido ganho de peso, deve ser combinada com uma raça zebuína adaptada ao clima ou com touros de raças com habilidades maternas distintas.

Recomendações de raças para cruzamento

Touros Braford. Foto: Divulgação
Touros Braford. Foto: Divulgação

No caso das novilhas com herança Hereford de Diego, Zadra recomenda evitar o uso do Braford, que já possui genética Hereford, limitando a heterose.

Em vez disso, touros Brangus, que proporcionam tanto heterose quanto um perfil desejável de animal, são aconselhados, pois são animais férteis com adição de adaptabilidade devido à sua mistura zebuína.

Alternativas de cruzamento

Lote de bovinos Brangus. Foto: Divulgação
Lote de bovinos Brangus. Foto: Divulgação

Para enriquecer a genética e garantir uma adaptação climática adequada, o zootecnista sugere touros sintéticos como Brangus, Santa Gertrudis, Canchim ou até mesmo o Bonsmara, uma raça taurina africana com uma fisiologia adaptável similar.

Usando o Bonsmara, por exemplo, pode-se atingir 100% de heterose, mantendo a capacidade do animal de se ajustar às variações climáticas.

Para gado com genética zebuína como Gir ou Nelore, touros europeus são ideais, com Angus sendo uma excelente escolha devido às suas características de carne e adaptabilidade.

Assessorando produtores como Diego Poletto, Zadra aponta para métodos de cruzamento que catalisam não apenas a heterose, mas também utilizam a adaptabilidade climática para garantir uma produção bovina sustentável e de alta qualidade.