GESTÃO DE CONFINAMENTO

Revolução no cocho: em 10 anos, confinador colocou 2@ a mais de peso no gado

Confira as dicas de manejo reprodutivo na entrevista com o zootecnista e consultor Maurício Scoton Igarasi

Revolução no cocho: em 10 anos, confinador colocou 2@ a mais de peso no gado
Revolução no cocho: em 10 anos, confinador colocou 2@ a mais de peso no gado

O Giro do Boi passa a apresentar uma nova série de 10 episódios que promete revolucionar. Trata-se do especial “Gestão de Confinamento”, com o zootecnista e professor da Universidade do Agro de Uberaba, Mauricio Scoton Igarasi. Assista ao vídeo abaixo e confira o primeiro episódio.

O programa abordará a evolução da pecuária intensiva em cochos, o futuro do confinamento, indicadores-chave e as raças bovinas mais adequadas para esse sistema de engorda.

No primeiro episódio, Scoton nos levou a uma viagem de 20 anos pela história dos confinamentos no Brasil, destacando transformações significativas no setor.

Em 1997, quando iniciou seu trabalho, os confinamentos eram substancialmente menores, com a referência de um confinamento “grande” compreendendo apenas 1.200 cabeças de gado. Hoje, testemunhamos confinamentos que acomodam até 50.000 animais.

A dieta dos bovinos no confinamento

Detalhe de bovinos se alimentando em confinamento. Foto: Reprodução
Detalhe de bovinos se alimentando em confinamento. Foto: Reprodução

Outra mudança crucial se encontra na dieta dos bovinos. Nas últimas décadas, houve uma transição notável de dietas contendo no máximo 60% de concentrado para as atuais, com 80% a 90% de concentrado, possibilitando ganhos de peso impressionantes de até 1.800 gramas por dia.

Além disso, as raças de gado utilizadas no confinamento evoluíram. No passado, predominavam animais continentais de grande porte, que enfrentavam desafios de acabamento de carcaça.

Hoje, observamos o uso crescente de cruzamentos com raças britânicas de alta qualidade, bem como o melhoramento genético do Nelore, que demonstrou um desempenho excepcional no confinamento.

Impacto notável no abate de animais mais jovens

Detalhe da carcaça das novilhas no frigorífico. Foto: Divulgação
Detalhe da carcaça das novilhas no frigorífico. Foto: Divulgação

Essas mudanças tiveram um impacto notável no abate de animais mais jovens, com menos de 10% dos animais abatidos atualmente com mais de 36 meses.

Essa transição resultou em maior rentabilidade para os produtores, um giro mais rápido do rebanho e uma qualidade de carne superior para os consumidores.

Um dado impressionante é o aumento médio de peso de carcaça em menos de 10 anos, de 17,6@ em 2011 para 19,8@ em 2022.

Esse ganho é atribuído à aplicação de tecnologias nutricionais avançadas, mérito genético superior e a viabilidade de cruzamentos.

Destaque na pecuária brasileira

Bovinos de cruzamento industrial. Foto: Divulgação
Bovinos de cruzamento industrial. Foto: Divulgação

O confinamento se tornou um setor de destaque na pecuária brasileira, com um crescimento extraordinário que elevou o número de animais abatidos de 2,5 milhões para mais de 7,5 milhões em pouco mais de uma década, representando um crescimento três vezes superior.

O futuro do confinamento promete continuar sendo uma fonte de inovação e desenvolvimento na pecuária, à medida que a tecnologia e o conhecimento continuam a impulsionar os limites do desempenho do gado.

Fique atento para os próximos episódios desta série que explorará a gestão de confinamentos e todas as suas nuances.