Quem trabalha com pecuária bovina de corte há algum tempo, provavelmente, já ouviu aquela famosa frase que diz: Bezerro bom é o bezerro “do cedo”.
A frase reflete o resultado de uma fazenda de cria eficiente, que consegue empenhar o maior número possível de fêmeas no início da estação de monta, quando há uma melhor oferta de forragem, no início das águas.
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Vacas que emprenham no início da estação reprodutiva parem “no cedo”, no início da estação de parição, por volta do mês de agosto. Os bezerros nascem no auge do período seco do ano, portanto, menos vulneráveis a doenças e endo e ectoparasitas.
Bezerros que nascem “no cedo” chegam a pesar algo entre 15 kg e 20 kg a mais do que os animais nascidos no tarde.
IATF na produção do bezerro do “cedo”
Seguramente, uma das grandes “pedras fundamentais” da melhoria da eficiência reprodutiva no rebanho brasileiro foi a utilização da IATF – inseminação artificial em tempo fixo.
Além de promover o melhoramento genético, melhora a taxa de prenhez ao final da estação e menor intervalo entre partos, proporciona uma melhor homogeneidade dos lotes de desmama.
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Na monta natural, em linhas gerais, o produtor precisa utilizar uma quantidade muito grande de touros para cobrir as vacas e novilhas do rebanho. Isso dificulta a padronização de pacote genético da próxima safra de bezerros, o que gera lotes de animais heterogêneos.
Além de padronizar a bezerrada, a IATF ajuda na organização da reprodução, conseguindo emprenhar uma quantidade maior de fêmeas no início da estação de monta, proporcionando um número maior de bezerros nascendo “no cedo”
Precocinhas: têm que entrar na hora certa!
Estamos emprenhando nossas matrizes cada vez mais cedo e o desafio são os cuidados com as fêmeas jovens na primeira cria e na reconcepção. Não basta conseguir emprenhar as novilhas precocemente, é preciso produzir o bezerro “do cedo”.
O fator primordial para o sucesso do programa reprodutivo, seja com as fêmeas adultas, vacas de primeira cria, ou mesmo, as “precocinhas”, novilhas desafiadas por volta dos 14 meses de idade, é um só: nutrição.
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O principal erro que muitos produtores cometem em relação às fêmeas jovens é fazer a estação de monta das precocinhas tardia, fora da reprodução das vacas. O criador espera um volume maior de chuvas, para melhorar o peso das novilhas no entoure ou inseminação.
Esse manejo pode ser positivo para melhorar o índice de prenhez, mas essa fêmea irá parir “no tarde”, o que pode comprometer a qualidade do bezerro e a longevidade dessa “precocinha” no plantel.
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Para isso, é necessário um protocolo nutricional focado nas precocinhas, para entrarem em reprodução na hora certa, na mesma estação das vacas, para não comprometer a reconcepção dessas novilhas, para garantir a produção do animal “do cedo”.