INFECÇÃO SÉRIA

Mastite: prejuízo chega a R$ 1.000 por vaca ao ano. Saiba como se livrar deste gasto

Confira as recomendações sobre a mastite na entrevista com o médico veterinário e doutor em ciência animal Guilherme Moura, gerente de serviços técnicos de bovinos e equinos da Vetoquinol Saúde Animal

A mastite é uma infecção muito séria que se dá nas vacas, especialmente as de produção de leite. Ao longo de um ano, o prejuízo chega a ser de R$ 1.000 por vaca na propriedade. Assista ao vídeo abaixo e saiba como se livrar deste gasto.

Quem detalhou a doença e prevenção da mastite foi o médico veterinário e doutor em ciência animal Guilherme Moura. Ele foi o entrevistado no Giro do Boi desta segunda-feira, 27.

“É a doença que mais tira dinheiro do produtor. Não se trata apenas da perda do leite e produção, mas até do rebanho ao longo dos anos”, diz Moura.

Moura é gerente de serviços técnicos de bovinos e equinos da Vetoquinol Saúde Animal. Ele explicou os tipos de mastite que ocorrem no gado e como é possível evitar as perdas.

Infecção que causa muitos prejuízos

Limpeza de teto da vaca na ordenha. Foto: Wenderson Araujo/CNA
Limpeza de teto da vaca na ordenha. Foto: Wenderson Araujo/CNA

A mastite é caracterizada como a inflamação da glândula mamária e é a enfermidade que mais prejuízos causa à oferta de leite em todo o mundo.

O prejuízo da mastite pode chegar a US$ 184 por vaca ao ano, ou seja, quase R$ 1.000 de gasto extra para o criador.

O dado foi de um estudo publicado por pesquisadores do departamento de ciências de laticínios de uma universidade norte-americana. 

As perdas econômicas resultam em redução da produção, eliminação prematura de animais, descarte de leite, gastos com tratamento e assistência veterinária e a diminuição da qualidade do leite.

Na maioria das vezes, é causada por bactérias que atingem o interior de um ou mais quartos pelo ducto dos tetos.

Tipos de mastite e como identificá-as

Detalhe da ordenha de vacas em sistema mecanizado. Foto: Divulgação
Detalhe da ordenha de vacas em sistema mecanizado. Foto: Divulgação

Moura explicou que a mastite é geralmente classificada em duas categorias para descrever o problema.

A primeira é a subclínica, quando não são observadas mudanças na aparência do leite, sendo necessários testes adicionais para detectar o problema.

A segunda é a mastite clínica, em que a infecção provoca mudanças físicas na aparência do leite e do úbere e, em casos mais graves, observam-se alterações sistêmicas.

A mastite clínica é dividida em três subtipos: leve (em que há grumos no leite), moderada (grumos no leite e quarto mamário inchado) e aguda (leite aguado, úbere inchado e alterações sistêmicas).

Mastite ambiental aguda é uma das mais preocupantes

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Vacas leiteiras da raça Holandês. Foto: Divulgação

Normalmente, a mastite ambiental aguda, também conhecida como “mastite clínica de grau 3” é caracterizada por queda de produção.

O leite fica com aspecto aquoso no quarto mamário afetado. O quadro de infecção é generalizado no animal, que passa a ter febre, desidratação, diminuição de apetite e fraqueza. 

A forma aguda pode atingir até 15% dos casos de mastite de uma propriedade, geralmente ocorrendo no pré e no pós-parto.

Caso não identificada e tratada de modo correto, o animal pode morrer em até 24 horas após o aparecimento dos sintomas.

Confira a entrevista na íntegra para saber como deve ser feito o controle efetivo nos animais e livrar a fazenda das perdas.