Pecuarista deve terminar 2020 conhecendo mais sobre a gestão de seus custos

Alta em alguns dos principais insumos do setor ao longo do ano, como reposição e os grãos, evidenciou a importância da gestão dentro da porteira

“Muito aprendizado e histórias para contar”, resumiu a respeito do ano de 2020 o médico veterinário Henrique Casagrande, diretor da área de ruminantes da MSD Saúde Animal. Entre essas lições para o pecuarista brasileiro, o executivo destacou uma delas – a da importância da gestão dos custos de produção por conta das variações de preços dos insumos do setor.

“Um dos principais aprendizados que a gente teve foi o aumento de custos das matérias primas no geral, desde reposição, também um bom preço de arroba para venda, mas principalmente preço de matéria prima, como milho e soja muito altos”, observou Casagrande.

Quando a crise chegou, o Agro já estava pronto

O veterinário destacou a importância do manejo sanitário do rebanho, sobretudo por funcionar como um seguro da produção, assegurando que o alto investimento não seja desperdiçado. “Quando eu comento sanidade aqui, significa fazer aquela reflexão […] de ter o manejo adequado do calendário sanitário da sua fazenda. Isso significa agir de forma preventiva, não de forma tratativa. Quando a gente prepara um calendário sanitário, incluindo um bom calendário de vacinas, o uso dos parasiticidas de forma adequada, isso permite que a gente faça um investimento racional antes do problema acontecer e evita que a gente tenha um problema na fazenda, seja sanitário, como um desafio de carrapato mais forte, e a gente gaste mais no final. Então eu acho que fazendo um bom trabalho de eficiência com os custos de matéria prima, a boa compra da reposição, índices reprodutivos, o bom controle sanitário ajuda que a eficiência do pecuarista melhore, baixe o custo de produção e ele seja mais sustentável a médio e longo prazos”, justificou.

“A saúde animal representa entre 2% e 3% do custo, mas existe o outro lado da moeda. Quando você tem algum problema sanitário na fazenda, o impacto que vai causar no seu investimento lá no gado é muito maior que isso. Então se você tem o surto de alguma enfermidade, problema de carrapato, o impacto no desempenho que você tem dentro do plantel vai ser muito maior do que investimento que é feito. A saúde animal seria como o seguro”, frisou.

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Em meio à pandemia, Casagrande enalteceu duas mudanças significativas na rotina das pessoas – a inclusão digital e o cuidado entre as pessoas. “A pandemia nos trouxe o ensinamento que foi trabalhar de forma mais digital. Então vou citar alguns exemplos de ações digitais que a gente teve nos momentos de pico da pandemia, com bastante isolamento entre abril e maio. A gente fez um webinar para conectar com pecuaristas, com formadores de opinião em todo o Brasil, o webinar chamado “Vai, pecuária!”, que está disponível no canal da MSD no Youtube para quem quiser ver todos os episódios. Lá a gente falou muito de mercado, de proteína. E outro ponto foi o cuidado com as pessoas durante o momento da pandemia. Na MSD, a gente teve atenção redobrada com o time, com os nossos colaboradores, o pessoal por um momento teve um trabalho digital muito próximo aos clientes, atendendo de forma digital, através de chamada como a que estamos fazendo agora e, no momento em que foram liberadas as visitas ao campo, o nosso time voltou a fazer, mas com todas as proteções necessárias, com as máscaras, os óculos, o uso do álcool em gel, o distanciamento social para estar respeitando o momento e o nosso atendimento com respeito ao pecuarista brasileiro”, completou o executivo.

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O trabalho da empresa junto aos colaboradores foi inclusive reconhecido com o título de empresa “Mais Incrível em Remuneração“, categoria do prêmioLugares Incríveis para Trabalhar 2020”, iniciativa da Fundação Instituto de Administração (FIA) e do UOL.

“Quando a gente ganha um prêmio na MSD, é o momento que a gente tem que olhar esse prêmio com humildade de que a gente ainda pode melhorar ainda mais. […] A gente agradece ao pecuarista brasileiro, vocês também são parte desse prêmio. Sem vocês, a gente não teria um time tão inspirado, motivado, guerreiro no campo pra fazer essas visitas a vocês, levando informações. Contem com a gente, nós agradecemos a vocês e ao time pelo trabalho”, celebrou Casagrande.

O executivo lembrou do programa de relacionamento da empresa com o pecuarista, o Criando Conexões, direcionando orientações, treinamentos e outras formas de capacitação ao produtor no que diz respeito ao bem-estar animal e seus impactos na produção.

“O Criando Conexões é um programa de treinamento da peonada, das pessoas que lidam direto com o gado em bem-estar animal. Para quem quiser mais informações, nós temos o site criandoconexoes.com.br e lá tem mais informação disponível a você, pecuarista, para conhecer mais detalhes. O conceito dessa plataforma de bem-estar animal está alinhado com um dos pilares culturais da MSD, que é o bem-estar e principalmente essa parte de estar cuidando bem dos animais para produzir alimento para a sociedade. Está também alinhado com o nosso propósito de melhorar a vida das pessoas através da produção de proteína animal com qualidade, respeitando o bem-estar dos animais. […] Nós temos hoje no time 30 multiplicadores do conceito de bem-estar animal, visitando fazendas em todo o Brasil”, apresentou.

O veterinário ressaltou que o bem-estar, além das melhorias dentro da porteira para produtividade do rebanho e segurança dos campeiros, é ponto crítico para os consumidores da cadeia produtiva. “O consumidor final hoje está preocupado com a origem da carne, se os animais estão sendo bem cuidados, bem manejados. Então o Criando Conexões percorre toda essa cadeia, desde o suporte da MSD como indústria, preocupação do consumidor com bem-estar animal e o apoio ao pecuarista brasileiro com dicas de manejo racional”, explanou.

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O veterinário comentou ainda que o momento da virada de ano é propício para que o pecuarista possa sentar e planejar o calendário sanitário do ano seguinte e assegurou que o colaboradores da companhia estão de prontidão para ajudar no processo.

“Está na hora, é um bom momento de analisar o que foi feito bem em 2020, um período que a gente aprendeu demais, de diferentes formas, desde o trabalho digital, essa questão dos custos de produção que a gente já comentou… Então acho que seria interessante fazer primeiro o fechamento do que foi 2020 e já traçar as estratégias para 2021. […] Nós comentamos da importância do calendário preventivo para já ver aonde o pecuarista vai investir os recursos ao longo do ano em algo que representa 2 a 3% do custo de produção, que é a saúde animal. É hora de montar esse calendário da forma adequada, desde as vacinas, das vitaminas, dos parasiticidas que serão utilizados, é o momento adequado de chamar o seu parceiro da MSD Saúde Animal, conversar, montar o seu calendário. Contem com a gente para isso, para estarmos juntos em 2021 ajudando o Brasil a produzir alimento e a produzir proteína animal para todo o mundo”, convidou.

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O diretor aproveitou sua participação para convidar para uma live que será transmitida gratuitamente às 9h30 desta terça, 15, pelo canal da MSD Saúde Animal no Youtube. O tema do evento será “Liderança viva”, em conversa do próprio Casagrande com a vice-presidente de recursos humanos da companhia, Elisabeth Goggin. O evento terá tradução simultânea do inglês para o português.

“A gente vai falar de algo que comentamos aqui durante esse bate-papo, que foi muito importante em 2020: pessoas, empatia, resiliência. E nada melhor do que uma pessoa de recursos humanos, a nossa vice-presidente mundial de recursos humanos para estar compartilhando sua opinião. Esperamos ter um evento que traga muitas informações e apoie as pessoas conectadas ao Giro do Boi, os pecuaristas, nesta parte de gestão de pessoas”, antecipou Casagrande.

Clique na imagem abaixo para ser direcionado ao link direto para a live.

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Assista no vídeo a seguir a entrevista completa com Henrique Casagrande, diretor da área de ruminantes da MSD Saúde Animal: