
O setor agropecuário brasileiro encerrou 2024 com um saldo positivo de 10.808 empregos formais, de acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP).
Apesar do crescimento, o número representa uma queda em relação a 2023, quando o setor gerou 35.182 novas vagas.
Mesmo com a redução, a agropecuária segue em alta pelo oitavo ano consecutivo, consolidando-se como um segmento que mantém geração de empregos. O último período de retração foi 2016, quando o setor perdeu 14,2 mil postos de trabalho.
Centro-Oeste e Nordeste impulsionam contratações
A criação de empregos no setor foi impulsionada principalmente pelas regiões Centro-Oeste e Nordeste, que registraram saldos positivos de 23.526 e 5.260 postos de trabalho, respectivamente.
Já as regiões Sudeste, Norte e Sul apresentaram perda líquida de empregos, com destaque para o Sudeste, que registrou queda de 17.615 postos no setor agropecuário.
Entre os estados que mais geraram empregos, Mato Grosso do Sul liderou, com 2.359 novas vagas, seguido pela Bahia (2.123) e pelo Ceará (2.084). Por outro lado, São Paulo teve a maior redução, com 14.177 postos a menos, acompanhado por Pará (-2.479), Minas Gerais (-2.421) e Mato Grosso (-1.031).
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Atividades que mais geraram e perderam empregos
Entre as atividades agropecuárias que mais contribuíram para a geração de empregos em 2024, destacam-se:
- Produção de ovos: 3.037 vagas
- Cultivo de soja: 2.431 vagas
- Atividades de apoio à produção florestal: 1.977 vagas
- Produção de sementes certificadas (exceto de forrageiras para pasto): 1.605 vagas
- Cultivo de eucalipto: 1.292 vagas
Já as atividades que mais perderam empregos foram:
- Atividades de apoio à agricultura não especificadas anteriormente: -4.950
- Cultivo de laranja: -3.843
- Cultivo de dendê: -2.504
- Serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita: -2.285
- Criação de bovinos para leite: -824
Mesmo com a queda no ritmo de crescimento, a agropecuária brasileira segue como um setor estratégico na geração de empregos, especialmente em regiões que apostam na tecnologia e na diversificação das atividades produtivas.
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