As exportações de carne bovina crescem, mas o mercado interno segue dominante. Segundo Renato Costa, presidente da Friboi, o balanço de 2024 mostrou um avanço expressivo na exportação de carne bovina, que deve fechar em 34% do total produzido no Brasil. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Apesar disso, o consumo interno ainda lidera, representando cerca de 66%. O executivo destacou que o ano foi desafiador, marcado pela recuperação do preço da arroba do boi gordo e pelo avanço de mercados externos, como Estados Unidos, México e Japão.
Pecuaristas colhem frutos da pecuária mais precoce
Renato Costa ressaltou que o primeiro ciclo completo da pecuária mais precoce trouxe mudanças significativas a cadeia produtiva de carne bovina.
A produção de gado jovem, até 30 meses, impulsionou a disponibilidade de animais para o abate, elevando o volume de carne disponível no mercado.
Para absorver essa oferta, a Friboi aumentou em 20% sua capacidade de abate. O crescimento das exportações foi essencial para sustentar os preços da arroba, especialmente em mercados exigentes como o asiático, europeu e americano.
Mercados externos exigem estratégias diferenciadas
Com 50% das exportações destinadas à China, o mercado asiático continua como o principal destino da carne brasileira. Contudo, países como Estados Unidos e México também se destacaram em 2024.
Nos EUA, além do tradicional uso em blends para hambúrguer, a Friboi expandiu sua atuação com carne resfriada e cortes premium, oferecendo produtos diretamente ao varejo.
Costa enfatizou que o sucesso internacional se deve ao atendimento das demandas específicas de cada mercado, como gado jovem e cortes com menos gordura.
Parcerias e novos mercados para 2025
O executivo revelou que o trabalho para abrir novos mercados segue intenso. Com a retirada da febre aftosa em diversas regiões do Brasil, a expectativa é conquistar o Japão e outros países em 2025.
Ele também destacou iniciativas como o Protocolo 1953 e parcerias com programas de melhoramento genético, como o PMGZ e a ABCZ, que valorizam a qualidade e a rastreabilidade do gado brasileiro.
O futuro da cadeia pecuária
Renato Costa reforçou que o sucesso da pecuária brasileira depende de uma cadeia integrada, com esforços conjuntos entre produtores e frigoríficos.
Ele celebrou os resultados de 2024 e projetou que 2025 será um ano de equilíbrio, com valorização da reposição, preços mais estáveis e ampliação da presença internacional da carne brasileira.
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