Seu José Humberto Vilela Martins ou Zé Humberto, como é mais conhecido, contou um pouco de sua história. Aos 80 anos e com mais de 60 anos na seleção do zebu, o produtor rural se consagra como um dos mais tradicionais criatórios do Nelore no País. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Filho de produtores rurais, o produtor, natural de Minas Gerais, desbravou a produção pecuária em Goiás e, depois, em Mato Grosso, com a fundação da fazenda Camparino, no município de Cáceres, na região pantaneira.
“É a única coisa que sei fazer na vida. Sou um apaixonado pela criação não só de zebu mas de tudo. Gosto de porco, de galinha, de burro, de cavalo, Gir Leiteiro, Nelore, e também sou apaixonado pelo Sindi”, diz Martins.
Notícias Relacionadas
Zé Humberto faz questão de participar da Expozebu todos os anos
Durante a Expozebu 2023, a equipe de reportagem do Giro do Boi conseguiu entrevistar seu Zé Humberto.
Aliás, o produtor orgulha-se por participar todos os anos do maior encontro de zebuzeiros do mundo.
“Eu convivo nessa Expozebu desde quando eu me entendo por gente”, diz Martins.
A história do produtor foi o destaque do programa Giro do Boi desta quinta-feira, 8, no quadro ‘Orgulho de Ser Pecuarista’.
O olhar do dono não só engorda, mas seleciona o gado
Numa época em que o olhar do criador era a ferramenta principal de seleção, o pecuarista diz que deve ter contato muito com a sorte para formar um dos animais de maior destaque.
“Hoje nós temos os números, mas quando eu comecei, era só no olho. Eu tive muita sorte de comprar um lote de novilhas, bem novas, e fazer delas grandes matrizes. Isso foi um pouco de sorte e um pouco de um bom olho”, diz o produtor rural.
Para ele, ser pecuarista e selecionador de gado é um trabalho que te dá muita emoção, mas é preciso ser ‘raçudo’, pois, se não for, em pouco tempo ele desiste.
O segredo do olhar por trás da seleção da Camparino
O produtor falou sobre como é feita a sua seleção. Apesar de o produtor hoje contar com os números, o produtor não abre mão de seu olho clínico para o gado.
“Na hora de comprar uma fêmea, eu olhava as partes reprodutivas dela. Se fosse uma bezerra, quando era uma bezerra boa, já mostra um úbere bom, é feminina e não é esse gado de paleta grossa”, diz Martins.
O produtor passou a confiar mais em seu olhar. Atualmente, o pecuarista trabalha a genética Nelore, Nelore mocho, Gir Leiteiro, Sindi, além do Quarto de Milha.
