A Asbia, Associação Brasileira de Inseminação Artificial, divulgou os números referentes ao desempenho do mercado de sêmen para a pecuária brasileira no primeiro semestre de 2018. Os resultados foram levados em primeira mão pelo presidente da entidade, Sérgio Saud, ao Giro do Boi desta segunda, 24, e vieram em tom positivo.
No primeiro semestre de 2018 na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas de doses de sêmen de raças de corte cresceram de 2,57 milhões de doses para 2,93 milhões, um salto de 14,2%. Para todas as raças (corte e leite), as comercializações cresceram 9%, saindo de 4,68 milhões de doses para 5,10 milhões.
“Foi excelente. A gente já tinha, logicamente, a ideia de um crescimento, que seria maior do que no ano passado. […] A expectativa para 2018 era de muito crescimento, mas foi superada”, celebrou Sérgio Saud.
O presidente da Asbia afirmou que o crescimento ao final de 2018 deve ser ainda maior, pois o primeiro semestre representa entre 30 a 35% da comercialização anual, visto que a estação reprodutiva das fazendas começa junto à primavera, que teve início no último sábado, 22. “A gente quer manter esse ritmo de crescimento. O mercado está aquecido e o produtor está procurando investir em genética de qualidade”, acrescentou.
A produção também cresceu na comparação do primeiro semestre deste ano com os seis primeiros meses de 2017, saindo de 2,93 milhões de doses para 3,57 milhões, acréscimo de 21,9%. No mesmo período, as importações diminuíram 14,2%, de 2,98 milhões de doses para 2,55 milhões, impactadas, entre outros motivos, pela greve dos caminhoneiros, avaliou Saud.
Em entrevista ao Giro do Boi nesta manhã, ele também revelou as raças que estão se destacando nas vendas de sêmen de gado de corte: Angus, Nelore e Brangus, esta última voltada para inseminação de fêmeas F1.
Saud disse estimar que, a partir de cálculos desenvolvidos pela Asbia junto ao Cepea em 2017, 13% das cerca de 80 milhões de matrizes bovinas brasileiras em idade reprodutiva sejam inseminadas, com destaque para rebanhos nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins e Goiás. A associação espera que até 2020, 15% das fêmeas brasileiras aptas à reprodução sejam destinadas à inseminação artificial.
Veja a entrevista completa com Sérgio Saud pelo vídeo que segue: