Uso da inseminação artificial avança no Brasil e atinge mais de 4,5 mil municípios no primeiro trimestre de 2025
A inseminação artificial em bovinos continua em alta no Brasil. Dados da primeira parcial do relatório Index ASBIA, divulgados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial, mostram que as vendas de sêmen para gado de corte cresceram 11,3% nos três primeiros meses de 2025. O resultado reforça o papel estratégico do melhoramento genético na pecuária nacional.
Ao todo, foram comercializadas mais de 4 milhões de doses no período, considerando vendas diretas, exportações e serviços de inseminação. Já a entrada de doses, que inclui a coleta nacional e as importações, somou mais de 5,8 milhões de unidades, um crescimento de 4,3% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
Gado de corte e leite puxam o crescimento
O destaque da nova parcial do relatório foi o desempenho do gado de corte, com 11,3% de crescimento nas vendas diretas. Mas o gado leiteiro também bateu recorde: foram 1,441 milhão de doses comercializadas, com alta de 10,5%.
Esse avanço reflete o amadurecimento dos produtores rurais quanto à eficiência reprodutiva e produtiva dos seus rebanhos, tanto em sistemas de cria quanto na pecuária leiteira. A adoção de biotecnologias reprodutivas está se consolidando como um pilar fundamental da gestão nas fazendas.
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Inseminação já chega a mais de 80% do país
Segundo o levantamento da ASBIA, a inseminação artificial em bovinos já está presente em 4.549 municípios brasileiros, o que representa mais de 80% do território nacional. A expansão revela a capilaridade do serviço e a busca crescente por produtividade, precocidade e padronização do rebanho.
O resultado também é impulsionado pelo trabalho de associações, técnicos e empresas de genética, que têm atuado fortemente na capacitação dos pecuaristas e na disponibilização de material genético de qualidade em diferentes regiões do Brasil.
Index ASBIA: termômetro do setor genético
O relatório Index ASBIA é um dos principais instrumentos de acompanhamento do mercado de inseminação no Brasil. Ele fornece dados detalhados sobre a movimentação de doses de sêmen, desempenho por segmento (corte e leite), volume de exportações e a abrangência territorial da atividade.
A parcial do primeiro trimestre de 2025 aponta para um cenário positivo e projeta um ano de continuidade no crescimento da inseminação artificial. Para quem quer melhorar a performance da fazenda, investir em genética deixou de ser diferencial — e passou a ser condição básica de competitividade.
