Luca, barbante ou capeta. O nome varia conforme a região, mas o prejuízo é o mesmo – e é expressivo. Em vídeo exibido no Giro do Boi desta segunda, 16, o engenheiro agrônomo Wagner Pires, pós-graduado em pastagens pela Esalq-USP, consultor do Circuito da Pecuária e autor do livro “Pastagem Sustentável de A a Z, destacou duas formas de controlar a planta daninha.
“Hoje eu estou em Pernambuco, aqui no interior do estado. E esse ‘cidadão’ que vocês estão vendo aqui é uma praga para o pecuarista nordestino. Por quê? Esse capim aqui é conhecido como luca, ou barbante, e também é conhecido como capeta. Esse capim é extremamente agressivo, ele é muito lignificado, a qualidade nutricional dele é muito ruim”, introduziu Pires.
“A semente dele é uma semente muito fininha, não dá nem para pegar. E aí ele vai tomando conta da área. O que acontece? Cada planta dessa aqui vai produzir mais de 2.000 sementes por ano e vai acabando com a pecuária, vai acabando com a pastagem. Vou mostrar para você que está toda essa pastagem comprometida com esse luca, o famoso barbante”, ilustrou.
“Como a gente controle ela? Tem duas formas de controlar!”, anunciou Pires. “A gente pode controlar com glifosato. Só que aí o que acontece? Eu vou matar ele e vou matar o capim também. Ou então a gente pode controlar com a atrazina. A atrazina mata ele e não mata o capim”, especificou.
“Aqui no Nordeste nós estamos no finalzinho do inverno. E aí o que acontece? A gente está terminando a chuva e nós vamos fazer um roço agora na área, o luca vai vir bonitinho, bem bacana, e a gente vai fazer a aplicação da atrazina agora. Depois, em janeiro, nós normalmente temos uma chuvinha aqui, e aí nós vamos dessecar a área toda e vocês vão acompanhar”, convidou o agrônomo.
“Pecuarista do Nordeste, não brinque com isso aqui! Essa planta daninha aqui é complicada, atrapalha a sua resposta na pastagem. É preciso fazer um controle bem feito”, alertou.
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