Será que a ureia e o sulfato de amônia na cana melhoram a energia da silagem? A dúvida veio do pecuarista Dirceu Groff. Ele tem um sítio no município de Paraíso das Águas (MS).
A pergunta foi respondida no quadro Giro do Boi Responde desta quarta-feira, 22. Já de cara, o conselho é apostar mesmo na ureia, segundo o engenheiro agrônomo Wagner Pires.
Pires é um dos embaixadores de conteúdo do Giro do Boi. É pós-graduado em pastagens pela Esalq-USP, consultor do Circuito da Pecuária e autor do livro “Pastagem Sustentável de A a Z”.
“Normalmente usa-se a ureia para suprir a deficiência da pastagem, agora, que ela começa a cair a qualidade de proteína da pastagem. Uma fonte de nitrogênio tem a capacidade de suprir essa deficiência do pasto”, diz Pires.
Manejo correto com o nutriente
O uso de ureia é bastante comum na alimentação do gado, no entanto, é preciso manejar corretamente. A ureia, por exemplo, não pode ficar em contato com a água, no cocho.
A água com ureia pode levar o rebanho a se intoxicar. Por isso a recomendação é fazer um furos no cocho de sal para não deixar a água se acumular.
Outra dica do especialista é administrar o nutriente aos poucos aos animais.
“A recomendação que os veterinários passam é 49 gramas para cada 100 quilos de peso vivo do bovino. Então, na primeira semana, ofereça 50% dessa dose. Na segunda semana você trabalha com 75% e, a partir da terceira semana, você trabalha com 100% dessa dose”, diz Pires.
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