Universidade abre inscrições para residência em custos agropecuários em MS

Nesta semana a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Famez-UFMS) abriu as inscrições para preencher cinco vagas através de um processo seletivo para residência agrícola em gestão de custos agropecuários. O projeto é financiado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e conta com a parceria também da consultoria Terra Desenvolvimento. Em entrevista ao Giro do Boi desta quinta, 25, o coordenador da iniciativa, Ricardo Brumatti, mestre e doutor em zootecnia pela USP e docente da UFMS, tratou de detalhes do programa.

“Essa é uma proposta que veio do próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no ano passado, quando eles lançaram esse edital de fomento para esse tipo de curso de especialização. É uma inovação muito importante que o Ministério, em conjunto com as universidades brasileiras, iniciaram o desenvolvimento. A UFMS, a nossa universidade aqui em Mato Grosso do Sul, regulamentou essa proposta com um modelo de curso Lato Sensu nos trâmites de residência. Há até uma similaridade com a ideia da residência na área de saúde porque o aluno vai permanecer full time em atividades práticas no local, que a gente chama de local de residência. Nesse caso, ela será feita em uma empresa parceira do projeto, importante empresa atuante no Brasil Central, com escritórios aqui em Campo Grande-MS, Terra Desenvolvimento Agropecuário. Então é uma proposta inovadora, bastante importante, em uma união de esforços entre o Ministério da Agricultura, a Universidade Federal e mais a iniciativa privada também”, resumiu Brumatti.

O zootecnista destacou a importância do tema da capacitação da residência. “Ao longo das últimas duas décadas houve uma necessidade de aumento de ganhos de escala e, consequentemente, uma melhora nos controles de gastos, custos e modelos de precificação. Eu acho que isso impulsionou muito essa área. Como docente já há mais de 15 anos, eu pude verificar isso na prática, o crescimento desta área. É uma coisa bastante bacana ver tantos colegas das mais distintas áreas, desde zootecnistas a médicos veterinários e agrônomos, trabalhando para auxiliar o produtor rural nesse segmento importante, buscando sempre a viabilidade econômica nos seus empreendimentos” sustentou.

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Por conta da parceria com o programa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os selecionados para a residência receberão uma bolsa de estudos. “Por ser um projeto financiado, ele não consegue ser de grande abrangência, então tem vagas limitadas. Para esta primeira turma, são cinco vagas, em que cada aluno residente vai receber uma bolsa de R$ 1.200,00 por mês para poder se dedicar integralmente às atividades em conjunto com a Terra Desenvolvimento, ou seja, eles não vão estar desenvolvendo atividades dentro da faculdade, mas sim dentro da empresa parceira. Por isso esse cunho extremamente prático, na lida diária”, contextualizou.

Brumatti informou a quem se destinam as vagas da residência agrícola em gestão de custos agropecuários. “É aberta para qualquer egresso, ou seja, qualquer formando ou formado de zootecnia, agronomia e medicina veterinária de qualquer universidade brasileira. […] A única restrição é que eles devem ser recém-formados. Então ali há um limite de até dois anos da formação. Aqueles que ainda não têm diploma, mas que terão até a data da matrícula efetiva no curso, em 24 de março, também podem se inscrever”, frisou.

Em relação ao processo seletivo, as inscrições podem ser feitas pelo site da Famez (veja no link abaixo) até o dia 07 de março. “Nós optamos por um processo simplificado. Será uma prova online e mais uma análise de currículo. É um processo gratuito. Em tempos de pandemia, a gente tentou facilitar ao máximo a participação dos interessados. Então é só entrar no site da faculdade, tem lá o edital com as condições para realizar a sua inscrição, tem o link da inscrição também. É um processo simples”, reforçou Brumatti.

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