Ao longo de 2024, a Fazenda Flamboyant, em Santa Rita do Araguaia (GO), mostrou ser referência na pecuária de alta performance. Sob a liderança do médico-veterinário Edmundo Rocha Vilela, a propriedade atingiu um marco impressionante: o abate de garrotes tricross Charolês, com 13,5 meses de idade, pesando 23,5 arrobas (351,1 kg de carcaça). Assista ao vídeo abaixo.
Esse resultado, alcançado em parceria com o Protocolo 1953 da Friboi, comprova o sucesso de um manejo técnico e sustentável.
Manejo e genética: a base do sucesso
A base genética foi um ponto-chave para o sucesso. As mães, vacas F1 Angus x Nelore, foram acasaladas com touros Charolês de alta performance.
Nascidos em agosto de 2023, os bezerros desmamaram com peso médio de 337 kg, beneficiados pelo uso de creep-feeding.
Após 40 dias em dieta de sequestro, entraram no confinamento pesando 381 kg e ficaram 140 dias no cocho, alcançando um ganho médio diário (GMD) de 1,63 kg.
Para Edmundo, a escolha de raças e a programação estratégica do nascimento em agosto foram fundamentais.
“O manejo nutricional e sanitário, aliado a essa genética, garantiu não apenas peso, mas também eficiência econômica e rendimento de carcaça acima de 57%”, destacou.
Resultados econômicos e desafios no manejo
A aposta econômica também foi certeira. O custo por arroba produzida ficou em R$ 180, com os animais abatidos em outubro a R$ 305/@. Cada garrote gerou uma margem de R$ 2.145, enquanto cada vaca produziu um retorno de R$ 3.628.
“É um ciclo lucrativo e sustentável, que mostra o potencial da intensificação e do uso de tecnologia na pecuária”, afirmou Edmundo.
Entretanto, ainda há desafios. O acabamento de gordura nos machos, por serem inteiros, não atingiu o ideal para premiação máxima. Já as fêmeas do mesmo cruzamento alcançaram bonificação total no Protocolo 1953, que premia carne de alta qualidade de animais cruzados.
Perspectivas para a pecuária
Para 2025, Edmundo Rocha Vilela enxerga a “década da pecuária no Brasil” como uma oportunidade única. Ele acredita que a intensificação dos sistemas produtivos e a melhoria na originação de animais serão as palavras-chave para o setor.
“Temos tecnologia, conhecimento e exemplos de sucesso. A intensificação será o futuro da pecuária”, concluiu.
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