O sucesso na produção de animais super precoces no confinamento começa com a escolha estratégica dos touros, que devem ser capazes de gerar bezerros pesados na desmama para reduzir o tempo de cocho.
A dúvida de Jairo Martinazzo, pecuarista de Piratuba, Santa Catarina, reflete o desafio de transformar vacas zebuínas em matrizes super precoces.
Segundo o zootecnista Alexandre Zadra, o segredo é utilizar touros de grande porte que gerem bezerros leves ao nascimento, mas que tenham uma curva de crescimento tardia e deposição de gordura mais lenta. Isso garante que o animal não vire uma “bolinha” e sim um boi maior, ideal para a engorda de “tiro curto” no confinamento.
Confira:
Estratégia de acasalamento e escolha da raça
O especialista recomenda que o produtor utilize o melhor carimbo do rebanho para a inseminação. O momento ideal é escolher a época em que as vacas Nelore desmamam bezerros mais pesados, e inseminá-las para que o próximo bezerro nasça com o máximo potencial.
As raças recomendadas são as de grande porte que foram selecionadas para facilidade de parto (parto fácil), mesmo sendo continentais:
- Charolês: o Charolês mocho americano, selecionado para não gerar problemas de parto, é uma ótima opção.
- Simental: o Black Simental (preto, mocho, semelhante ao Angus, mas de maior porte) é igualmente recomendado.
Essas raças são utilizadas sobre matrizes zebuínas ou taurinas de menor porte e não geram problemas de parto, pois a seleção para parto fácil é um critério rigoroso nos Estados Unidos.
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Terminação super precoce: desmama e cocho
O objetivo é desmamar o bezerro o mais pesado possível e levá-lo diretamente ao confinamento. Com a genética correta, o animal atinge o estágio de super precoce, sendo abatido com até 18 meses de idade e com alta maciez de carne.
O criador pode dar uma recria curta (2 a 3 meses no inverno) com concentrado caprichado, e em seguida levá-lo ao confinamento. O uso dessas raças de grande porte é o que garante que o bezerro não só ganhe peso rapidamente, mas que também produza uma carcaça de alto valor na ponta da cadeia.
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