“Tiro na Lua”, a expressão vem de algo improvável ou mesmo difícil de acontecer como um “tiro no escuro”. No entanto, para o jargão de gestão de empresas, o termo é uma técnica que pode turbinar o planejamento na fazenda.
Quem explicou isso foi o zootecnista Antonio Chaker, diretor do Instituto Inttegra Métricas Agropecuárias e líder dos conteúdos de gestão do programa Fazenda Nota 10.
Durante o Encontro de Gestores de Pecuária de Corte, realizado em maio deste ano em Campo Grande (MS), o especialista explicou como essa técnica pode ser interessante para as propriedades rurais.
Reserva de área para experimento de gestão
O especialista recomenda fazer a reserva de uma pequena área da propriedade para o produtor experimentar.
“O pecuarista pode usar 3% da área da fazenda, no tiro na Lua. Nessa área ele monta um projeto audacioso para desenvolver alguma habilidade da fazenda”, diz Chaker.
Para o especialista em gestão, o produtor não tem qualquer obrigação em acertar a ideia. A técnica funciona mais como um ambiente experimental dentro da propriedade.
“Isso leva a fazenda para outro nível, pois vai trazer informação e escancarar o que funciona e o que não funciona. Assim o produtor pode ter uma semente para multiplicar na sua fazenda”, diz.
Planejar para errar o menos possível
A sugestão de Chaker leva em conta uma premissa básica dentro do tema de gestão de negócios e que se encaixa numa empresa agropecuária. O mais importante é planejar para errar o menos possível.
“Quando temos um protocolo no qual pensamos antes de fazer, conseguimos antecipar alguns possíveis equívocos. O planejamento é uma ferramenta importantíssima para que possamos antecipar os eventuais riscos e, a partir disso, criar respostas para aquele risco”, diz Chaker.
A ideia dele não é reduzir a zero todos os riscos da fazenda, mas, criar uma espécie de modelo para que “errar pouco” faça parte do planejamento da propriedade. Confira no vídeo acima os detalhes do “Tiro na Lua”.