Se a Terminação Intensiva a Pasto, famosa por sua sigla TIP, for bem conduzida, o sistema pode fazer o boi engordar como se estivesse num confinamento. Assista ao vídeo abaixo e confira como funciona este sistema de manejo.
A grande vantagem da TIP é a economia. Este sistema foi destaque no programa Giro do Boi, desta terça-feira, 3. A reportagem faz parte da série de especiais feitas na APTA.
Enquanto num confinamento o pecuarista arca com altos custos com instalações, máquinas e equipamentos agrícolas, na TIP, só é preciso simplesmente um cocho para oferecer ração aos animais.
“A vantagem é que a TIP é para todo mundo, porque é democrática. Eu posso simplesmente trazer um cocho para uma área de pasto e colocar a ração”, diz o doutor em zootecnia Flávio Dutra de Resende.
Resende é diretor do Polo Regional de Alta Mogiana, no município de Colina, na região de Barretos.
A unidade faz parte da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). A autarquia está vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Quantidade de ração no cocho
O mais importante neste sistema é o pecuarista fechar uma quantidade adequada de animais nos piquetes e oferecer uma boa quantidade de pasto para eles.
“Quando olhamos para o semi-confinamento o que sempre pensamos seria fornecer algo em torno de 1% do peso vivo de ração para esses animais”, diz Resende.
Já na TIP, a exigência passa a ser um pouco maior de ração. Em geral cerca de 2% do peso vivo de ração aos bovinos.
Aproveitamento do pasto
Apesar da exigência de mais ração no cocho, o pasto é muito importante para TIP. É o alimento mais econômico para o gado e deve ser bem aproveitado.
Para o especialista, é a partir da quantidade de pasto aos animais que é definido a complementação da ração. Além de ser uma opção para a TIP, isso também é recomendado para sistemas de semiconfinamento.
Adaptação dos animais
Bovinos recriados a pasto e que comiam ração são animais que já vem mais adaptados para a TIP.
“Podemos começar oferecendo 0,3% de peso vivo de ração até chegar, aos poucos, a 2% do peso vivo de ração por animal”, diz Resende.
Se vieram de sistemas que não comiam ração, é preciso fazer uma adaptação.