Temperatura, vento, umidade: saiba as condições ideais para aplicar herbicida no pasto

Agrônomo apresentou tela que resumem quais são as condições do tempo adequadas para evitar desperdício do produto que faz o controle de plantas daninhas via foliar

A janela de aplicação de herbicidas em pastagens está quase se fechando em grande parte do Brasil pecuária, o que não quer dizer que o produtor não possa incorporar conhecimento enquanto se prepara para a próxima safra, quando as chuvas voltam a formar a condição ideal para o manejo de limpeza de pastagem com herbicidas que agem via foliar.

Em entrevista ao Giro do Boi nesta quinta, dia 29, o engenheiro agrônomo Felipe Bartoli Machado, da F B Machado Representação Comercial LTDA e representante comercial da da linha pastagem da Corteva Agriscience, resumiu em uma tela as condições ideais para a pulverização do herbicida.

“Eu sempre gosto de trazer essa tela porque são algumas premissas que a gente apresenta até para a gente ter uma condição de ambiente ideal para uma aplicação. Seja ela tratorizada, seja ela localizada ou aérea. É muito importante a gente observar a temperatura, sempre abaixo de 32º C, nos horários mais frescos do dia, uma umidade relativa do ar adequada e uma velocidade do vento também de 2 a 10 km/h, que acaba evitando a deriva. Esses cuidados garantem que aquele produto que você está aplicando vá exatamente para onde você quer. Então a gente gosta sempre de reforçar isso, que o produto é responsável por 50% (da limpeza de pasto) e a qualidade da aplicação reflete os outros 50% do resultado”, contou.

“É sempre no início da manhã, das 6h até as 10h da manhã, e no período da tarde, das 15h40 às 16h até 17h, 18h. Lógico que a gente entende que cada propriedade tem uma realidade, por isso é sempre muito importante você entrar em contato ou um representante comercial da Corteva ou de uma de nossos distribuidores parceiros, ter um técnico sempre na sua propriedade para que ele possa conduzir o manejo, possa dar segurança de você estar num caminho certo, estar fazendo uma aplicação com todas as qualidades de premissas necessárias para alcançar o resultado”, aconselhou. O contato para produtores interessados em mais dicas de pulverização de herbicidas no estado do Tocantins pode ser feito pelo (63) 9 9260 0770.

Veja as condições ideais no quadro a seguir:

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Entretanto, conforme disse o especialista, que atende produtores no estado do Tocantins, a janela de aplicação de herbicida de ação foliar para aquela região está se fechando e, portanto, é hora de o pecuarista se planejar para a abertura da próxima janela. “Graças a Deus foi um ano bom, não podemos dizer que foi um dos melhores porque tivemos um pouco de atraso das chuvas no início ali em outubro, novembro e dezembro. Mas a partir de janeiro, essas chuvas se estabilizaram e conseguimos bons índices pluviométricos para a gente fazer uma boa safra e estabilizar a pastagem dos nossos pecuaristas. […] A gente teve um início de abril também com um pouco de falhas de chuvas, chuvas bem espaçadas, mas a partir da segunda quinzena ela voltou a cair. É o que está ajudando a gente a ainda conseguir fazer alguns repiques, algumas catações, que a gente sabe que acaba ficando ainda entre esse final de abril e possibilitando ainda o pecuarista que às vezes atrasou um pouco o seu planejamento, ainda dá para fazer aquele socorro final de safra para a sua pastagem. Mas a gente tem que colocar uma bandeirinha amarela a partir de agora”, disse Machado sobre as aplicações via foliar.

“A partir de abril, pelo histórico que a gente pegou de maio e junho, já são meses em que a chuva já começa a cessar. Então a gente acaba concentrando a nossa aplicação a partir da segunda quinzena de novembro e tentando finalizá-la até a segunda quinzena de abril, no mais tardar início de maio com algumas aplicações bem localizadas em sistemas bem específicos. A partir de agora, a planta começa a entrar em estágio de estresse hídrico, às vezes tem dez a quinze dias sem chuvas e isso pode influenciar muito a absorção (do herbicida) por essa planta. Consequentemente, não ter uma efetividade no controle. Sem contar que, a partir de agora, muitas plantas já vão estar no seu estágio final de ciclo, principalmente as plantas anuais, as famosas plantas moles, como a gente chama. Então ou vão estar sementeadas ou já vão estar floridas, o que acaba não representando um bom momento da relação custo x benefício para o amigo pecuarista”, ponderou.

Em meio a este período, o produtor, além de se planejar para a próxima janela de aplicação de herbicida foliar, pode fazer o controle localizado das plantas daninhas, conforme salientou o agrônomo. “Agora a gente entra em uma nova etapa. ‘Ah, mas eu não posso mais fazer aplicação de herbicida nesse período?’ Pode, mas não mais via foliar. Agora a gente entra com aplicação dos herbicidas basais ou localizados no toco, principalmente para aquelas plantas mais lenhosas e semilenhosas, as plantas mais duras. Mas também é um período para o pecuarista se planejar, chamar um técnico na sua propriedade, já começar a traçar as estratégias para o controle de plantas daninhas para a próxima safra e até mesmo procurar já entender o que ele vai utilizar de produtos para antecipar uma compra, fazer uma compra com uma condição mais vantajosa na entressafra. Então é um momento realmente de planejamento. E, para quem precisar, ainda pode lançar mão do controle localizado, você faz com um Padron o controle no toco, você pode fazer durante todo o período de seca sem nenhum problema para essa atividade”, detalhou.

Felipe apresentou ainda resultados reais da aplicação do Ultra-S, linha de herbicidas lançada pela Corteva em 2020, no estado do Tocantins. “A tecnologia Ultra-s foi lançada ano passado e são fantásticos todos os resultados que nós estamos obtendo. Estamos completando agora uma safra inteira e graças a Deus é uma tecnologia que veio realmente para revolucionar o controle de plantas daninhas anuais e bianuais nas pastagens. Eu acho que as fotos acabam falando muito mais do que por nós”, observou.

Veja recomendações de uso e janela de aplicação dos novos herbicidas Ultra-S

“O incremento de produtividade que você tem hoje com o uso de herbicidas de pastagens, com a tecnologia Ultra-S… Ela pode duplicar, triplicar e quadruplicar, sim, a sua produtividade. Lógico que vai depender do manejo de cada propriedade, mas o aumento produtivo, o aumento de produção de massa foliar do capim é fantástico. Nessa foto, por exemplo (veja abaixo) nós estávamos com 40 dias de aplicação e você pode ver a diferença que 40 dias de aplicação do herbicida com a tecnologia Ultra-S pode trazer de benefício para a sua propriedade. Inclusive essa foi uma aplicação aérea”, comentou.

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Veja a entrevista completa com o engenheiro agrônomo Felipe Bartoli Machado pelo player abaixo: