Em tempos de valorização da diversos produtos e insumos da cadeia produtiva, como são os casos da arroba do boi gordo, do bezerro e do boi magro, conhecer cada etapa do processo de produção da pecuária de corte pode ser um diferencial importante no resultado. Mais do que isso, algo relativamente simples de ser implementado na fazenda.
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“Esse tipo de informação, que é coisa simples de ser implementada hoje, pois basta entrar em contato com o nosso time de campo para se informar e para chegar a essa tecnologia muito prática, pode trazer – e traz, na prática – muitos benefícios para o pecuarista. Entre esses que eu estou mencionando, é melhor fazer valer seu dinheiro”, destacou Gustavo Ferro, gerente técnico de precisão da MSD Saúde Animal.
“A gente tem trabalhado com a Allflex (empresa do mesmo grupo) em alguns projetos já para combinar tecnologias. A gente tem trabalhado com alguns aplicativos que também virão ao mercado em breve, no ano que vem, que vão auxiliar e, combinados com a identificação, vão trazer informações ao pecuarista e facilitar a vida do dia a dia”, revelou.
O especialista adiantou quais tecnologias poderão num futuro próximo auxiliar o pecuarista brasileira com esta parte da gestão de sua fazenda. “Fora do Brasil existem tecnologias que são bem importantes e que eu considero bem promissoras. Uma delas é como se fosse um ‘Apple Watch do boi’. É um sensor que você põe no animal, que vai na forma de um brinco também, ele tem um acelerômetro e consegue medir a temperatura do animal e o comportamento do animal no dia a dia. Principalmente no confinamento, na época mais forte de pneumonia, o nosso inverno, você consegue ter temperatura do animal de dentro do escritório da fazenda, a qualquer lugar, porque é ligado na internet, e pode controlar isso individualmente, trabalhar muito mais na prevenção do que no tratamento em si, que também é um dos nossos pilares- buscar muito mais a prevenção do que o tratamento. Então essa é uma das tecnologias que devem vir pra cá e vai revolucionar o mercado”, apontou.
Ferro elencou as vantagens do uso da tecnologia nas fazendas como uma forma de “rastrear o lucro”. “Hoje as plataformas da Allflex conversam com vários softwares e fazem a leitura automática no curral desses brincos identificadores eletrônicos. A vantagem disso, muitas vezes, é no manejo, principalmente quando se pensa no volume de animais, no processamento, quando se pensa em saída de animais, no risco de você errar o brinco, cantar o brinco errado, não ter um controle exato de qual animal teve melhor performance. E, a partir disso, claro, buscar as informações para trás, ver de qual fornecedor veio. Tudo depende muito da inserção da informação pela própria fazenda. E os benefícios são enormes”, reforçou.
“Tem a questão da genética do fornecedor e também a condição sanitária que esse animal chega na fazenda, que influencia fortemente na performance dele”, acrescentou.
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Veja a entrevista completa com Gustavo Ferro no vídeo a seguir: