NUTRIÇÃO ANIMAL

Suplementação com farelo e quirela de milho: opção é válida para enfrentar a seca?

O zootecnista Tiago Felipini, especialista em nutrição animal, responde à dúvida do pecuarista Ribamar Soares, de Bujari, Acre, sobre a suplementação durante o período de estiagem

Suplementação com farelo e quirela de milho: opção é válida para enfrentar a seca?
Suplementação com farelo e quirela de milho: opção é válida para enfrentar a seca?

Ribamar, a primeira etapa essencial antes de considerar a suplementação com farelo e quirela de milho é avaliar a condição dos seus pastos. O zootecnista Tiago Felipini, consultor da Alcance Planejamento Rural, destaca que a qualidade do pasto influenciará diretamente a eficiência da suplementação. Assista ao vídeo abaixo e confira.

“Se o pasto não estiver com um volume suficiente de folhas ou com alta oferta de forragem, qualquer suplemento que você fornecer terá uma resposta limitada.”

Tiago Felipini

O investimento em suplementação só se justifica quando o pasto oferece a base necessária para que os animais possam responder adequadamente aos suplementos.

Início da suplementação com sal mineral e ureia

Felipini recomenda iniciar a suplementação com sal mineral e ureia, especialmente quando o pasto começa a secar.

“O sal mineral com 30% de ureia é uma excelente tecnologia para enfrentar o início da seca.”

Tiago Felipini

Esta mistura pode ser comprada pronta em lojas agropecuárias ou preparada na fazenda. No começo, o consumo pode ser baixo devido ao sabor amargo da ureia, mas os animais se adaptam e aumentam gradualmente o consumo.

Esta estratégia ajuda a manter ou até a ganhar peso, dependendo da qualidade residual do pasto.

Quando e como usar o suplemento proteico?

À medida que a situação do pasto piora e se torna mais seco, a suplementação com um sal proteico, ou sal proteinado, pode ser introduzida, especialmente para animais mais erados.

“Se os pastos ainda tiverem alguma quantidade de folhas e os animais estiverem em fase final de engorda, um suplemento proteico com 40% a 50% de proteína bruta é indicado.”

Tiago Felipini

Este suplemento deve ser oferecido na faixa de 0,5 a 1g por kg de peso vivo e pode ajudar na manutenção e até no incremento de peso dos animais.

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Considerações para animais mais leves

Para animais mais jovens e que estão longe da fase de terminação, a recomendação pode ser diferente.

“Nestes casos, o sal mineral com ureia, mantendo os 30% de ureia, pode ser mais vantajoso.”

Tiago Felipini

Essa abordagem vai garantir que os animais mais leves mantenham seu desenvolvimento corporal sem a necessidade do sal proteico mais intensivo.

Importância da adaptação e acompanhamento

Independentemente da estratégia escolhida, é crucial que haja acompanhamento contínuo do consumo e da condição dos animais.

O período de adaptação aos suplementos deve ser monitorado para evitar desperdícios e garantir a eficácia nutricional.

A suplementação, quando bem gerida, pode ser uma ferramenta poderosa para enfrentar a seca, mas deve ser adaptada às condições específicas da propriedade e dos animais.

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