O programa Solo + Fértil, uma iniciativa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, promete revolucionar a produção no campo.
Desenvolvido em parceria pelo Instituto Agronômico (IAC) e pela CATI (Diretoria de Assistência Técnica Integral), o programa busca conscientizar e capacitar pequenos e médios produtores. O objetivo principal é incentivar a adoção de práticas essenciais como a análise de solo, a calagem e a adubação.
A iniciativa nasceu de uma necessidade urgente: o elevado número de produtores paulistas que ainda não usam práticas básicas de manejo.
Um levantamento recente mostrou que apenas 46% das propriedades fazem análise de solo. Menos ainda, 32%, adotam a calagem. Já a adubação mineral é utilizada por 58%. A ausência dessas práticas compromete a eficiência e a sustentabilidade da produção.
Parceria para resultados concretos
O IAC, reconhecido por sua tradição em pesquisa e análise de solos, é um dos laboratórios centrais do programa.
O instituto é responsável por organizar a rede de mais de 60 laboratórios que podem participar. O pesquisador Heitor Cantarella, vice-coordenador do IAC, afirma que o objetivo é estabelecer as condições técnicas para essa colaboração.
O público-alvo do programa são as 339 mil Unidades de Produção Agropecuária (UPAs) no estado. Desse total, 184 mil ainda não realizam a análise de solo. A estimativa é de que cerca de 16 mil pequenos e médios produtores possam ser beneficiados gratuitamente pelas ações do programa.
Aumento de até 20% na produção e renda
Em 2025, o programa vem ganhando força. A expectativa é de que a adoção dessas práticas eleve a produtividade nas propriedades rurais.
O pesquisador do IAC acredita que o programa pode impulsionar a produção agrícola de São Paulo em até 20% nos próximos anos. Isso resultará em maior produção de alimentos, mais renda para os agricultores e mais impostos para o governo.
Para participar do Solo + Fértil, os produtores interessados devem procurar a unidade da CATI em seu município. Lá, eles receberão todas as orientações, desde como coletar as amostras de solo corretamente até a indicação dos laboratórios credenciados.
A iniciativa tem previsão de durar três anos, mas a meta é se consolidar como uma ação contínua, ampliando seu alcance gradualmente no campo paulista.