A dúvida sobre a presença do capim capeta em sua propriedade foi trazida pelo pecuarista Edilson Almeida de Oliveira, da cidade de Bandeira, em Minas Gerais. Em busca de orientações, ele recorreu ao engenheiro agrônomo Március Gracco, da Intensifique Consultoria Agropecuária, que fez uma análise detalhada da situação. Assista ao vídeo abaixo e confira os esclarecimentos.
Sua conclusão é que a planta em questão é, na verdade, o capim navalha, e não o capim capeta, como Edilson havia suspeitado.
Március destacou que o capim navalha ocupou um espaço significativo em regiões com alta pluviosidade e solos mal drenados, especialmente em áreas afetadas pela morte súbita das braquiárias.
Essa planta, embora possa parecer uma solução num primeiro momento, traz complicações, pois a sua infestação pode prejudicar o desenvolvimento de outras forrageiras.
Identificação e potencial impacto do capim navalha
A confusão entre capim navalha e capim capeta é comum, e o engenheiro ressalta que um diagnóstico eficaz começa pela identificação correta da planta. É crucial que os produtores enviem imagens em fluorescência para facilitar a avaliação.
Contudo, no caso de Edilson, a infestação se confirmou como capim navalha. Essa planta apresenta desafios, já que sua palatabilidade é menor para o gado de corte, mas atrai equinos, sendo que a semente é especialmente apreciada por eles.
“O uso de cavalos em áreas infestadas pode acelerar a disseminação do capim navalha pela propriedade.”
Március Gracco
Para o controle e manejo dessa planta, a seleção da forrageira adequada ao ambiente é fundamental. Edilson precisará considerar a reforma da área infestada, especialmente se a presença do capim navalha ultrapassar 30% a 35% do total.
Estratégias para controle do capim navalha
Uma das primeiras recomendações de Március é evitar a presença de cavalos nas áreas afetadas, já que eles não apenas consomem as sementes do capim navalha, como também podem propagar a planta na fazenda.
Para a reforma da área, Gracco sugere a gradagem durante a seca, acompanhada do controle das touceiras da planta. Essa técnica ajuda a garantir um plantio eficaz de outra espécie forrageira, especialmente em áreas de braquiárias, que devem ser substituídas por uma variedade mais adequada ao solo e ao clima.
Além disso, Gracco recomenda a utilização de herbicidas específicos, como o glifosato, que é uma ferramenta recomendada pela Embrapa.
O uso de produtos seletivos, como a molécula mesatrina, pode ajudar no controle efetivo da planta infestante sem prejudicar as gramíneas desejadas. Caso a área seja menor, o uso de um enxadão pode ser uma alternativa viável para o controle manual das touceiras.
Conclusão: A importância do manejo correto
O caso de Edilson Almeida de Oliveira evidencia a relevância do manejo adequado e da identificação correta das plantas infestantes. O capim navalha, se não administrado, pode comprometer a produtividade do rebanho e a saúde do solo.
As orientações de Március Gracco não apenas ajudam a resolver a situação imediata, mas também promovem boas práticas para o futuro da fazenda de Edilson.
Com atenção às recomendações e uma abordagem de manejo sustentável, os pecuaristas podem garantir que suas propriedades permaneçam produtivas e saudáveis, contribuindo para o desenvolvimento da pecuária de maneira responsável e eficiente.
Tem dúvidas? Envie sua pergunta
Você também pode obter resposta à sua pergunta sobre qualquer dúvida que tiver na fazenda.
Envie para o quadro Giro do Boi Responde no link do WhatsApp do Giro do Boi, pelo número (11) 93310-7346 ou ainda pelo e-mail [email protected].
News Giro do Boi no Zap!
Quer receber o que foi destaque no Giro do Boi direto no seu WhatsApp? Clique aqui e entre na comunidade News do Giro do Boi 2.